A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Marina Silva, esteve na Bahia nesta segunda-feira (10) para participar de uma das atividades da Missão Climática pela Caatinga 2024. As atividades desta segunda foram realizadas em Juazeiro, na região norte da Bahia, e em Petrolina, cidade do estado de Pernambuco, celebrando o Dia Nacional da Caatinga.
Executado pelo Ministério do Meio Ambiente
e Mudança do Clima (MMA), o evento reuniu comunidades que vivem na Caatinga e
diversas autoridades, com destaque para as presenças do governador da Bahia, Jerônimo
Rodrigues e do secretário executivo da Convenção das
Nações Unidas para o combate à desertificação (UNCCD), Ibrahim Thiaw.
Na parte da manhã, na Comunidade Tradicional de Fundo de Pasto de Malhada da Areia, em Juazeiro, foi realizada uma visita guiada a uma área de caatinga e solos degradados e apresentadas tecnologias sociais e práticas de convivência com o semiárido, entre elas “recaatingamento”, projeto de preservação ambiental que busca contribuir para inverter a desertificação do bioma caatinga através do uso sustentável de seus recursos naturais, que conta com o apoio do Governo da Bahia.
A ministra Marina Silva destacou a
importância do trabalho e da parceria entre o governo estadual, o governo
federal e, principalmente, os governos municipais com o suporte da comunidade. “É
muito bonito ver toda essa experiência de como a gente pode conviver com o
semiárido, em vez de ficar com aquela lógica de combater a seca. A gente tem
que aprender a manejar, restaurar, preservar e usar com sabedoria, como eu vi
aqui, inclusive com o quintal produtivo, fazendo as cisternas de placa, para
que a comunidade possa plantar, criar seus pequenos animais, ter uma renda e
viver com dignidade nesse espaço abençoado por Deus”, afirmou.
Vale destacar que a Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, que apresenta clima e vegetação seca, com solos pobres em matéria
orgânica, e a maior parte dos rios locais é intermitente. As espécies de
animais e vegetais da Caatinga são altamente adaptadas ao clima semiárido.
A comunidade se estabelece no território há cerca de 200 anos e a
principal atividade socioeconômica é a criação de animais e outros bens
naturais. Lá vivem aproximadamente 26 famílias em uma área total de 2.024
hectares ocupados.
“O Governo do Estado já tem uma atuação de políticas para a convivência como semiárido. Tivemos um programa específico para isso que foi o Pro- Semiárido, nós fizemos agenda de produção, de manejo de Caatinga, de ampliação da capacidade que a Caatinga tem tanto para produção de agricultura quanto para pecuária. Mas, acima de tudo, para preservação do meio ambiente. Aqui hoje nós estamos vendo uma ação de recaatingamento”, explicou Jerônimo Rodrigues. AlôalôBahia / Foto Feijão AlmeidaGovBa