Cerca de 101 mil casas já foram destruídas ou danificadas pelas fortes chuvas que há dias assolam o Rio Grande do Sul, segundo estimativa da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Até o momento, o desastre climático afetou 447 dos 497 municípios gaúchos.
Entre as residências que sofreram avarias, 92,6 mil estão danificadas e outras 8,4 mil, destruídas. A CNM estima que as chuvas causaram, até aqui, R$ 8,4 bilhões em prejuízos financeiros ao Rio Grande do Sul, sendo mais da metade na área da habitação (R$ 4,5 bilhões).
Os dados, ainda assim, podem estar subnotificados, na medida em que as cidades afetadas concentram seus esforços neste momento nos resgates e no acolhimento das famílias afetadas. Além de buscar alertar a população sobre como proceder diante da iminência de novos alagamentos.
Na tarde deste domingo, 12, por exemplo, a prefeitura de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, emitiu um alerta solicitando a evacuação de moradores em seis bairros da cidade por risco de alagamento: Rio Branco, Fátima, Mato Grande, Harmonia, Mathias Velho e São Luis. "As águas retornarão", disse o prefeito Jairo Jorge.
A CNM destaca que, dos 447 municípios afetados, apenas 62
começaram a inserir valores sobre prejuízos no Sistema Integrado de Informações
sobre Desastres (S2iD), do Ministério da Integração e do Desenvolvimento
Regional. O montante de R$ 8,4 bilhões, desse modo, diz respeito a apenas uma
parcela das cidades.
As 143 mortes registradas até o momento também fazem parte de um
balanço parcial, que provavelmente vai aumentar. Conforme a Defesa Civil, há
806 feridos e 131 desaparecidos, mas até mesmo esse número pode ser até maior.
A Confederação Nacional de Municípios afirmou que, de acordo com os dados inseridos pelos municípios no S2iD, há 815 desaparecidos, concentrados principalmente em quatro cidades gaúchas: Eldorado do Sul (300), Gramado Xavier (164), Candelária (120) e Canoas (114). A Tarde / Foto: Mauricio Tonetto / Secom