A organização criminosa especializada em fraudar o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) funcionava com captação de clientes por meio dos sócios-proprietários de autoescolas, eles intermediavam o contato de pessoas que perderam no teste com servidores do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). As carteiras falsificadas estavam sendo vendidas por até R$ 5 mil, de acordo com informações da Polícia Federal.
Ao entrar em contato com os servidores do Detran, eles permitiam que terceiros fizessem a prova teórica ou até mesmo a prática para que o aluno fosse aprovado no sistema e a CNH fosse emitida. Entre as pessoas que pagavam a carteira fraudada estavam analfabetos ou semianalfabetos que não conseguiam obter êxito nas provas teóricas.
A Polícia Federal informou que não existe uma estimativa fixa da quantidade de carteiras falsificadas apreendidas, mas o número passa dos milhares. De acordo com o Ministério Público, denúncias anônimas apontam que o esquema existe desde 2016.
Quatro pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (28) pela Polícia Federal, entre eles um agente público da 17ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), em Santa Maria da Vitória, um ex-servidor do órgão e sócios de autoescolas. As prisões são parte da Operação “Stop Driver” que investiga uma organização criminosa especializadas em fraudes para obter a carteira de habilitação. Os alvos são servidores do Departamento de Trânsito (Detran) e sócios de autoescolas. Correio da Bahia / Foto MP/BA