O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes derrubou o sigilo de suas decisões que autorizaram a operação da Polícia Federal nesta quinta-feira (8) contra Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados mais próximos, como os ex-ministros Augusto Heleno e Braga Netto. A operação ocorre no âmbito das investigações sobre o 8 de janeiro.
Segundo Daniela Lima, do g1,
todos os pedidos feitos pela PF a Alexandre de Moraes foram endossados pela
Procuradoria-Geral da República (PGR).
Na
decisão de Moraes constam detalhes sobre a minuta golpista, encontrada na casa
do ex-ministro Anderson Torres. O documento foi entregue a Jair Bolsonaro por
Filipe Martins, seu então assessor. A minuta previa a prisão dos ministros do
Supremo Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do presidente do Congresso
Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Bolsonaro, então, pediu alterações no
texto, que passou a prever apenas a prisão de Moraes e a convocação de novas
eleições.
"Segundo a PF, a agenda de Alexandre de Moraes era inteira
detalhada para que o ministro fosse acompanhado em tempo integral e, caso
houvesse o golpe militar planejado pelo grupo, ele pudesse ser preso", diz
a reportagem.