Infelizmente, 42 pessoas perderam suas vidas no
estado gaúcho em decorrência de deslizamentos de terra, enchentes, alagamentos,
inundações, enxurradas e quedas de árvores. De acordo com a Coordenadoria
Estadual de Proteção e Defesa Civil do Rio Grande do Sul, 135 mil pessoas foram
afetadas, 46 estão desaparecidas, 73 ficaram feridas, mais 3 mil estão
desabrigadas e 7,7 mil estão desalojadas. A CNM lembra que em junho outro
ciclone extratropical vitimou 16 pessoas no estado, totalizando a morte de 57
pessoas nos dois eventos.
“Os impactos dos desastres no Brasil são alarmantes e a forma como vêm aumentando traz muita preocupação. É fundamental que haja uma cooperação entre União, estados e municípios para encontrar soluções, mas infelizmente os gestores municipais estão praticamente sozinhos, na ponta, para socorrer a população. Os desastres causam danos incalculáveis e, muitas vezes, irreversíveis, e não há apoio para prevenção nem investimentos”, destaca o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski.
Analisando os anos entre 2013 e 2023, os desastres
causaram R$ 79,1 bilhões de prejuízos no estado do Rio Grande do Sul, sendo
chuvas: R$ 13,9 bilhões, correspondendo a 17,5% do total e seca,
que causou R$ 66 bilhões, correspondendo a 83,4% do total.
O governo federal informou, neste sábado (9), que
disponibilizará R$ 56 milhões para apoio às pessoas afetadas pela tragédia. Uma
das medidas será um fomento rural de R$ 4,6 mil a cada família de pequeno
agricultor afetada. Também haverá transferências a municípios de R$ 400 por
pessoa desabrigada, a partir de segunda-feira (11), segundo informou o ministro
do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. Gazeta do Povo/ Matéria original publicada em 09.09.23 /