Ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Barbosa Cid relatou à Polícia Federal que presenciou reuniões em que Bolsonaro e militares trataram de golpe militar.


As informações foram reveladas na madrugada desta quinta-feira (21) pelos jornalistas Bela Megale, no jornal O Globo, e Aguirre Talento, no UOL – e obtidas também pelo blog com fontes ligadas à investigação.


Segundo o relato de Cid, Bolsonaro se reuniu com integrantes da Marinha e do Exército. Nesses encontros, Bolsonaro falou sobre uma "minuta de golpe", detalhada, que previa ilegalidades como afastamento de autoridades.


Essas informações foram prestadas por Mauro Cid nos depoimentos que embasaram a oferta de delação. Após esses relatos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, validou o acordo de delação premiada.

No depoimento, segundo investigadores, Mauro Cid detalhou que:

  • ·         houve uma reunião entre Jair Bolsonaro e integrantes da Marinha, após o segundo turno das eleições, para tratar de uma proposta de golpe militar;
  • ·         no encontro, os envolvidos trataram especificamente de uma minuta, ou seja, um rascunho de decreto golpista;
  • ·         além de militares, havia integrantes do chamado "gabinete do ódio" na reunião;
  • ·         não é possível dizer que a minuta em discussão era a mesma encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres;
  • ·         o documento discutido na reunião tratava de uma série de ilegalidades, incluindo afastamentos de autoridades ;
  • ·         a ideia foi recebida com entusiasmo pelo representante da Marinha, mas o Exército ficou mais reticente;
  • ·         o plano não foi adiante em razão da falta de adesão.  G1 / Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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