O
diagnóstico foi feito pelo geriatra Nelson Carvalhaes, e após consultas com
especialistas, confirmou-se que o deputado estava lidando com o Mal de
Parkinson, uma condição degenerativa que afeta o sistema nervoso central de
forma progressiva.
Suplicy explicou que inicialmente não percebeu os sintomas da doença, mas foi ao conversar com a neurologista Luana Oliveira, do núcleo de Cannabis medicinal do Hospital Sírio-Libanês, que ele começou a identificar os tremores nas mãos, especialmente durante as refeições, além de dores musculares na perna esquerda e desequilíbrios que o faziam tropeçar.
Um dos
motivos para tornar seu diagnóstico público é a sua defesa pela regulamentação
da distribuição de Cannabis medicinal no país. Atualmente, pacientes com
dificuldades financeiras enfrentam obstáculos para acessar esse tipo de
tratamento, já que o medicamento não está disponível no Sistema Único de Saúde
(SUS) e, em geral, é obtido por meio de associações terapêuticas que recorrem à
Justiça.
Em fevereiro, Suplicy importou um vidro de Cannabis
industrializada para iniciar seu tratamento, que consiste em tomar cinco gotas
do medicamento no café da manhã, outras cinco à tarde e mais cinco à noite,
além de seguir as prescrições médicas com o medicamento Prolopa.
Nesta
terça-feira (19), uma audiência pública na Comissão de Legislação Participativa
da Câmara dos Deputados, em Brasília, debaterá a proposta de regulamentação do
cultivo e distribuição da Cannabis no Brasil e o parlamentar participará do
evento para compartilhar sua própria experiência.
O político enfatizou que seu estado de saúde tem melhorado
significativamente desde o início do tratamento, com a dor na perna
desaparecendo, a melhora nos tremores durante as refeições e a capacidade de
caminhar com mais firmeza. Além disso, ele mantém uma rotina de exercícios com
uma personal trainer três vezes por semana. Foto Alesp