O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques foi preso na manhã desta quarta-feira em uma investigação que apura suspeita de interferência nas eleições.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, integrantes
da Polícia Rodoviária Federal teriam direcionado recursos humanos e materiais
com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30/10/2022.
Ainda segundo o inquérito, os crimes apurados
teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano, sendo que, no dia
do segundo turno, foi realizado patrulhamento ostensivo e direcionado à região
Nordeste do país.
Além do mandado de prisão preventiva contra Vasques, os agentes cumprem dez mandados de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte. A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais.
Em nota, a PF informou que os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de prevaricação e violência política, previstos no Código Penal Brasileiro, e os crimes de impedir ou embaraçar o exercício do sufrágio e ocultar, sonegar, açambarcar ou recusar no dia da eleição o fornecimento, normalmente a todos, de utilidades, alimentação e meios de transporte, ou conceder exclusividade dos mesmos a determinado partido ou candidato, do Código Eleitoral Brasileiro.
O nome da “Operação Constituição
Cidadã” é uma referência à Lei Maior do Brasil, promulgada em 1988, a qual,
pela primeira vez na história do país, garantiu a todos os cidadãos o direito
ao voto, maior representação da Democracia. Leia mais no exame /