A inelegibilidade do ex-presidente da república, Jair Bolsonaro, foi defendida hoje pelo vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet. Ele entende que houve abuso de poder político. Gonet se manifestou na 1ª etapa do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que analisa a conduta de Bolsonaro em uma reunião com embaixadores em julho do ano passado.

Na reunião, transmitida em TV pública e no Youtube do Tribunal Superior Eleitora (TSE), Bolsonaro difamou o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas. O PDT acionou o TSE contra o então presidente. O caso pode resultar na inelegibilidade de Bolsonaro. Ou seja, mesmo que queira se candidatar novamente a um cargo político, o ex-presidente não poderá.


Segundo Gonet, ”estão estampados” elementos que justificam afastar Bolsonaro das eleições, como desvio de finalidade, busca de vantagem na disputa eleitoral de 2022, além da gravidade da conduta. “Conclusão dos autos conduzem que o evento foi deformado em instrumento de manobra eleitoreira, traduzindo em desvio de finalidade”, afirmou o vice-procurador-geral eleitoral.


O procurador ainda explicou que a fala de Jair Bolsonaro no encontro não estava protegida pela liberdade de expressão: "Um discurso dessa ordem não compõe o domínio normativo da liberdade de expressão".


No início da tarde desta quinta-feira (22), o julgamento foi interrompido após a fala do vice-procurador-geral eleitoral e será retomado na terça-feira (27). A previsão é que o resultado saia apenas na terceira sessão, que será daqui uma semana, no dia 29 de junho. Leia mais em OLiberal / Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

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