Conforme a denúncia do MP, oferecida pelo promotor de Justiça
Dorival Joaquim da Silva, no dia 21 de junho de 2021, Aline e seu companheiro
levaram sua filha à emergência do Hospital de Nova Soure já sem sinais vitais.
A criança teria chegado à unidade com várias marcas de maus-tratos no corpo, o
que levou a equipe médica a acionar a Polícia Militar e o Conselho Tutelar.
Ouvidos pela polícia, Aline e seu companheiro alegaram que a criança teria
“tomado uma queda da cama” e eles tinham sido “apenas negligentes”, por demorar
a prestar socorro.
Essa versão, aponta a denúncia, foi confrontada por depoimentos do pai da menina, separado havia um ano da condenada e por vizinho. Segundo o pai da criança, a ex-companheira “sempre abusou da bebida alcoólica”, apesar de não ter conhecimento das práticas de violência. Já os vizinhos contaram que a condenada sempre agredia a filha, que chegava a ficar desacordada. A denúncia mostra ainda que os depoimentos de Aline, que foi ouvida por três vezes, também foram contraditórios, já que teria relatado “horários e causas diversas para a morte da filha”. Aline já havia sido presa por abandono de incapaz em 10 de junho daquele ano. MP-BA / Dlegacia Territorial de Nova Soure — Foto: SSP