A Assembleia Geral da ONU voltou a pedir, nesta quinta-feira (24), o "fim imediato" das hostilidades da Rússia na Ucrânia, assim como "qualquer ataque contra civis e alvos civis", na segunda resolução em menos de um mês sobre o tema, que não é vinculante, ou seja, não é de cumprimento obrigatório.
A
resolução, elaborada por Ucrânia e aliados, recebeu 140 votos a favor
(inclusive do Brasil) e 5 votos contra --Rússia, Síria, Coreia do Norte,
Eritreia e Belarus-- enquanto 38 países se abstiveram.
Promovida
por México e França, a resolução intitulada "consequências humanitárias da
agressão", pede "o cessar imediato das hostilidades" geradas
pela invasão russa e a "retirada imediata, completa e incondicional"
das forças armadas russa de território ucraniano.
Pede,
ainda, o cessar da violência contra civis e alvos civis e insiste em que cessem
os "cercos" em cidades como Mariupol que "não fazem mais do que
agravar a situação humanitária da população e obstaculizar os esforços de
evacuação".
O
texto tinha a oposição da Rússia e de seus aliados, que não queriam que o nome
do país apareça no texto, alegando que isso o "politiza".
A
África do Sul apresentou outro projeto paralelo no qual a Rússia não era
mencionada.
"A assistência humanitária não pode ser refém de considerações políticas", disse o embaixador do México, Juan Ramón de la Fuente, que sustentou que esta iniciativa da comunidade internacional "é o mínimo que merece o povo ucraniano". "A resposta deve estar à altura das necessidades", afirmou. G1 / Foto/ilustração Reuters/Carlo Allegri /