O Senador Jaques Wagner (PT) informou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não quer se candidatar ao Governo da Bahia. Com a desistência, aliados buscam uma alternativa para concorrer ao governo do estado que possui 10,8 milhões de eleitores e é quarto maior colégio eleitoral do país.


Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o senador Otto Alencar (PSD) se apresenta como primeira opção, mas a escolha, contudo, enfrenta resistências do comando nacional do PSD, que prefere ver Otto concorrendo à reeleição. Com o impasse, necessitaria de uma terceira opção: a escolha de um novo nome do PT para concorrer ao governo no lugar de Jaques Wagner e a manutenção de Otto como candidato ao Senado.


O problema é que esta opção, contudo, tem um outro obstáculo: a falta de um nome natural. Nos sete anos de governo Rui Costa (PT), nenhum dos deputados da bancada baiana e do secretariado do governador conseguiu se preparar para tentar concorrer ao cargo.


A Folha de S.Paulo apurou que o recuo de Wagner desagradou ao ex-presidente Lula, que via o palanque na Bahia como pacificado. Agora, a decisão sobre quem deve encabeçar a chapa para o Governo da Bahia deve ser tomada até o fim do Carnaval. Antes disso, serão ouvidos os demais partidos da base aliada, além do ex-presidente Lula.


Caso seja confirmada a candidatura de Otto ao governo baiano, a expectativa é que o governador Rui Costa renuncie em abril para ser candidato ao Senado, cargo para qual entraria na disputa na condição de favorito.


Aliados de Rui destacam que o governador tem boa avaliação e sua presença na chapa seria um ativo importante para a chapa governista na Bahia. Mas fazem questão de frisar que a candidatura ao Senado não é uma imposição. Nomes próximos a Jaques Wagner, por outro lado, veem Rui Costa com apetite por um novo mandato a partir de 2023.


Nos últimos dias, parlamentares petistas têm defendido publicamente a formação de uma chapa com Jaques Wagner para o governo, Rui Costa para o Senado, Otto Alencar como vice e o PP com a primeira suplência do Senado. ​


O PP e o PSD disputam o posto de maior partido da Bahia, cada qual com cerca de um quarto dos 417 prefeitos do estado. Em cerca de 200 municípios baianos, há embate direto entre líderes das duas legendas.


Enquanto os partidos da base governista não se decidem, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), pré-candidato da oposição, segue liderando nas pesquisas de intenções de votos. Foto: Alessandro Dantas

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