Antes mesmo de serem afetadas pela crise econômica causada pela pandemia da COVID-19, boa parte das famílias baianas já enfrentava dificuldades orçamentárias. Entre 2017 e 2018, no estado, 4 em cada 10 pessoas (42,2%) afirmaram que suas famílias atrasaram o pagamento de contas de luz, água ou gás por falta de dinheiro. As informações são da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), divulgada nesta sexta-feira (3).
A proporção de inadimplentes na Bahia era a
11a mais elevada do país e estava acima do indicador nacional (37,5%). Em
quatro estados, esse índice superou os 50% da população: Amazonas (54,3%),
Maranhão (53,4%), Pará (50,5%) e Alagoas (50,1%).
Já os atrasos no pagamento do aluguel ou
prestação de casa ou apartamento, por falta de dinheiro, afetaram a vida de
6,8% da população baiana, que relataram ter enfrentado esse problema na
família, entre 2017 e 2018. A situação era bem mais comum entre as pessoas
cujas famílias moravam em domicílios próprios, mas ainda em fase de pagamento,
ou alugados. Nesse caso, os inadimplentes iam a 35,7%.
A POF 2017-2018 mostra também que a soma do
gasto familiar mensal per capita na Bahia com aluguel, condomínio, energia
elétrica, água e esgoto e gás doméstico era de R$ 75,6. O maior impacto nessa
despesa era o da energia elétrica (R$ 23,6). Em seguida, vinha o aluguel (R$
17,6), com gás doméstico (R$ 11,6), condomínio (R$ 11,4) e água e esgoto (R$
11,3) possuindo valores bem semelhantes entre si. Folha do Estado da Bahia