Um barco que atravessava o Canal da Mancha com cerca de 50 migrantes naufragou nesta quarta-feira (24). Ao menos 31 pessoas morreram afogadas e tiveram os corpos resgatados na costa de Dunquerque (ao norte da França).
O naufrágio foi descrito como uma "tragédia" pelo primeiro-ministro francês, Jean Castex. Este é o acidente com maior número de mortos na região desde 2018, quando tiveram início as travessias clandestinas de migrantes deixando a França pelo porto de Calais para chegarem ao Reino Unido pelo mar.
"O naufrágio na Mancha é uma
tragédia. Meus pensamentos vão aos numerosos mortos e feridos, vítimas de
coiotes criminosos que exploram o sofrimento e a miséria alheia", disse
Castex em um comunicado nas redes sociais.
O premiê britânico, Boris Johnson, disse estar chocado,
revoltado e profundamente triste com a morte dos migrantes e convocou uma
reunião de crise para tratar sobre o acidente.
Do lado francês, o ministro do
Interior, Gérald Darmanin, foi para Calais acompanhar a situação e visitar os
sobreviventes.
Pescador encontrou corpos
De acordo com o jornal local La Voix du Nord, as equipes
da associação de socorro marítimo SNSM foram chamadas para ajudar uma
embarcação com problemas no motor enquanto atravessava o Canal da Mancha por volta
das 5h. No entanto, os tripulantes decidiram seguir viagem.
Os corpos dos migrantes afogados
foram encontrados por um pescador que, por volta das 14h, alertou a polícia.
Os trabalhos de resgate começaram ao longo da tarde, com três navios e dois helicópteros, de acordo com a secretaria de polícia marítima da Mancha. Informações, RFI / Resgate de bote com imigrantes no litoral do Reino Unido em 24 de novembro de 2021 — Foto: Henry Nicholls/Reuters