Engenheiro civil por formação, Ramos estreia seu primeiro livro intitulado Rua do Rosário 13 - Histórias, Reflexões e Homenagens. O próprio título já resume tudo que podemos encontrar em seu riquíssimo conteúdo.
Estou tendo uma excelente leitura da Rua do Rosário e gostei
das respostas do autor em relação a entrevista porque traduz um forte sentimento de ligação com sua terra
natal, Inhambupe.
A noite de autógrafo está agendada para dia 27 de novembro a partir das 19h no Salão do Clube da Terceira Idade Vida a Vida!
Foi uma entrevista breve e enriquecedora. Leia na íntegra abaixo!
RL News - O que levou o Engenheiro Civil por formação a escrever o livro Rua do Rosário 13 e entrar para o mundo da literatura?
Desde muito cedo, eu escrevo algumas poesias.
Na
época do colegial, no final da década de sessenta, uma vizinha minha, Bete,
estudante também, me falou que estaria participando de um festival estudantil
de música popular, que já tinha feito a música, e que lhe faltava a letra.
Eu
escrevi a letra e lhe entreguei.
No
dia seguinte ela me disse que tinha adorado, que havia se encaixado
perfeitamente na sua música, além do
que, ela tinha gostado muito do tema.
Ela
se apresentou e ganhou o segundo lugar naquele festival.
Naquele
tempo, os festivais de canções populares eram muito comuns.
A
letra era assim:
Ouvido à escuta,
O peito cheio de amor
Maria a inspiração
Os olhos a olhar pra ela
Ou pra sua fotografia
Contanto que seja ela
A grande amada Maria
Se musicada será gravada
Se só poesia será editada
Se censurada será ninguém
A censura é sensível
Perder uma poesia
É perder uma Maria
Perdendo a Maria,
Perdeu a inspiração
O teor passa a ser outro,
Sem Maria não dá não.
Se musicada será gravada
Se cantada será também
Se só poesia será editada
Se censurada será ninguém
Eu segui escrevendo meus textos ao longo da minha vida, com a certeza de que, quando a minha profissão de engenheiro me desse uma folguinha, eu iria ser escritor.
RL News - Como foi a escolha do Título para esta obra?
Foi uma luta grande para encontrar o título que mais se encaixasse. A Rua do Rosário sempre teve um peso muito grande em minha vida. Foi lá que eu nasci e fui criado.
Eu
discuti muito o título, inclusive em grupos de whatsApp que participo.
Conversando
sobre o tema com Suzana, minha irmã, eu falei sobre a Rua do Rosário 13. Ela me
disse que já tinha me dado esta sugestão. Então, o título tem dois criadores,
minha irmã Suzana e eu hahaha.
RL News - Neste universo de leitura, qual é o seu livro de cabeceira?
Ronaldo, eu leio um pouco de tudo. Porém, nunca fui um leitor voraz. Eu, brincando, falo que livro de cabeceira é aquele livro chato que a gente começa a ler e logo sente sono.
Eu
enquadro neste contexto, poesias de difícil entendimento e outros textos que
não nos prende à leitura.
RL News - Seu livro traz sentimentos de sua terra natal. O que Inhambupe te traduz nestas 7 décadas de vida.
Em meu livro, apresento um texto, cujo título é INHAMBUPE MINHA TERRA QUERIDA, onde eu falo exatamente do meu sentimento por minha terra.
Eu tenho um amor enorme por ela.
RL News - Que diria a todos que querem ser escritor e lançar um obra
Eu sou contrário àquela teoria que diz que para alguém sentir-se realizado, tem que ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro.
Eu
pergunto, onde ficam as contingências e as vocações?
Então,
a minha resposta é que, se a pessoa tiver vocação, deve escrever seu livro,
mesmo sabendo que, dificilmente, agradará a todos.
RL News - Convide os inhambupenses para conhecer seu livro na noite de autógrafos. Deixe uma mensagem para seus amigos e conterrâneos.
Será uma honra muito grande receber meus conterrâneos e amigos para este momento tão especial em minha vida.
Eu
conto com a presença de todos que gostem de leitura e tenham interesse por
nossa terra e por nossa cultura.