Quem é Angela Merkel
Angela Merkel é uma cientista e
política alemã. Chanceler da Alemanha desde 2005, cargo equivalente ao de
primeira-ministra, ela é a mais longeva chefe de estado do país depois de Otto
von Bismarck, no século 19, e de Helmut Kohl, seu padrinho político, de 1982 a
1998. Merkel vai deixar o posto após as eleições de 2021. Dependendo do tempo
para formação e posse de um novo governo, poderá ultrapassar seu mentor.
Primeira mulher a comandar a
Alemanha, Merkel sai de cena festejada como uma das principais lideranças
políticas do mundo, popular em seu país e fora dele. Liderou os alemães durante
a crise financeira internacional de 2008, a crise da Zona do Euro, a anexação
da Crimeia, na Ucrânia, pela Rússia, em 2014, a crise dos refugiados na Europa,
em 2015 e 2016, e durante a pandemia de Covid-19.
Vale ressaltar que o país é o mais
rico e populoso da União Europeia, então seus governantes são líderes naturais
do bloco. Merkel é reconhecida como gestora competente de crises e negociadora
de consensos.
Merkel foi eleita para quatro
mandatos consecutivos em 2005, 2009, 2013 e 2017. Ela decidiu não se candidatar
para mais um período, apesar de seu prestígio. A chanceler é descrita como
conciliadora, ponderada, pragmática, bem informada e alguém que houve mais do
que fala. É, no entanto, criticada por adiar decisões até o último momento e,
em determinadas situações, não agir de maneira incisiva o suficiente.
Desde que entrou na política, depois
da queda do Muro de Berlin – e principalmente após se tornar chanceler -, seus
jeitos, gestos, aparência, corte de cabelos, roupas, humor, modo de falar e o
fato de não ter filhos, estiveram sob escrutínio público. Provavelmente de
maneira mais intensa do que ocorre com políticos homens. Ela furou a bolha de
uma atividade que, até sua ascensão, era eminentemente masculina na Alemanha.
“Entre as lideranças alemãs, Merkel é
uma anomalia tripla: mulher (divorciada e casada novamente, sem filhos),
cientista (química quântica) e da [antiga] Alemanha Oriental”, diz reportagem
da revista New Yorker.
Leia mais no Infomoney / © Laura Kotila