Foi um jogo para mostrar que a confusão da partida anulada contra a Argentina não tirou o foco dos brasileiros. Com atuação dedicada (principalmente no primeiro tempo), a seleção bateu o Peru por 2 a 0 e chegou à oitava vitória seguida nas Eliminatórias. Encerra a rodada de setembro mais próxima da vaga.
O
Brasil chegou aos 24 pontos e manteve os seis à frente da Argentina, que ontem
venceu a Bolívia por 3 a 0 (três gols de Messi, que superou Pelé como maior
artilheiro de uma seleção sul-americana, com 79). Em outubro, voltará a jogar
contra Venezuela (dia 7), Colômbia (dia 11) e Uruguai (dia 14).
A seleção criou muito mais (e melhor) do que na vitória sobre o
Chile, na semana passada. A escolha por Gerson e Éverton Ribeiro se mostrou
acertada. O primeiro, mais adiantado do que Casemiro, deu qualidade à saída de
bola e ainda apareceu com perigo na frente.
Mas foi Éverton o grande destaque. Além do gol, aos 14, e da
participação no de Neymar (aproveitou um chute dele desviado pela zaga peruana,
aos 39), o meia deu opção ao lado direito da seleção. Contribuiu também o
posicionamento mais ofensivo de Danilo.
Além disso, o jogador do Flamengo teve um bom posicionamento.
Mesmo quando as jogadas não eram pelo seu lado, ele soube acompanhar e ficar
bem posicionado. Foi assim que aproveitou o cruzamento de Neymar que resultou
em seu gol.
O camisa 10 também foi um dos nomes da partida. Movimentou-se
bastante e de forma inteligente, tanto de um lado ao outro quanto voltando para
ajudar no início da construção. Com isso, ditou o ritmo da partida.
O ponto negativo de sua noite foi, ao sair de campo, reclamar de
uma suposta perseguição da imprensa. Ao ser perguntado a que tipo de
perseguição se referia, não soube dizer e se limitou a responder com um
“todos”. O desabafo mal explicado ocorre após o atacante ser criticado por
torcedores nas redes sociais pela sua forma física.
Fico muito contente de ser de ser recordista de artilheiro das
eliminatórias, ser o maior assistente com a camisa da seleção brasileira e logo
menos, se tudo caminhar bem, passar o Pelé. Estou muito feliz. Não sei mais o
que faço com essa camisa para a galera respeitar o Neymar.
Gabigol até procurou, mas não achou o gol que tanto queria. Jogador mais adiantado e centralizado do ataque, o camisa 9 buscou se mexer e não ser apenas um finalizador. Sua melhor contribuição foi o passe para Éverton Ribeiro no gol de Neymar. Informações, extra.globo / Lucas Figueiredo/CBF