Nesta quarta-feira, 18 de agosto, servidores públicos federais, estaduais e municipais de todo o Brasil vão fazer uma greve nacional contra a reforma administrativa, como vem sendo chamada a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020. Além disso, há protestos marcados em várias cidades. No Rio, os trabalhadores organizam uma caminhada no Centro, da Candelária, na Avenida Presidente Vargas, em direção à nova sede da Assembleia Legislativa (Alerj), na Rua da Ajuda. O ato está marcado para as 16h.
Em
Niterói, haverá manifestação às 9h, em frente ao Colégio Estadual Liceu Nilo
Peçanha. Na Região Serrana, em Nova Friburgo, a mobilização está programada
para as 17h, na Rodoviária Urbana. No mesmo horário, em Resende, no interior
fluminense, acontecerá um protesto no Mercado Popular.
A reforma
administrativa, proposta pelo governo federal, muda regras para novos
servidores públicos — por exemplo, reduzindo a estabilidade a apenas algumas
categorias. O texto tramita na Câmara dos Deputados.
Em
Brasília, a partir das 10h desta quarta-feira, servidores farão uma
manifestação na Esplanada dos Ministérios. A ideia é prosseguir até a Câmara
dos Deputados.
Atos
convocados por centrais sindicais também estão confirmados em Salvador,
Fortaleza, Goiânia, Recife, Teresina, Porto Velho, Florianópolis, São Paulo,
Santos (SP), Santo André (SP), Bauru (SP) e Aracaju.
Seminário
da Câmara na Alerj: defensores da PEC não compareceram.
Na
segunda-feira (16 de agosto), a Alerj recebeu o Seminário Estadual da Comissão
Especial da Câmara dos Deputados sobre a Reforma Administrativa, evento que a
Câmara federal está realizando nos estados para aprofundar o debate sobre a PEC
32/2020.
Representantes
de instituições que defendem a aprovação do texto foram convidados, mas não
compareceram.
O
presidente da Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj),
Felipe Gonçalves, sustentou que o objetivo da reforma administrativa é sucatear
o serviço público, sob o pretexto de inchaço da máquina, apesar do décit de
servidores — no Judiciário, o número já chega a 5.000 postos de trabalho
vazios, segundo ele.
— Essa
PEC não ataca somente os servidores públicos, ela é um ataque à concepção de
Estado. Ela quer acabar com os direitos que foram garantidos na Constituição de
88, como o direito a saúde, educação e saneamento básico — disse. Informações, Yahoo /