Cerca de 400 policiais federais e servidores da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) cumprem, nesta quarta-feira (18), 95 mandados de busca e apreensão, 54 mandados de prisão temporária e 6 mandados de prisão preventiva expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal nos estados do Pará, São Paulo, Goiás, Ceará, Amazonas, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Mato Grosso.
A
ação da Polícia Federal (PF) faz parte da Operação Reditus, segunda fase da
Operação SOS, para combater o desvio de recursos públicos na área da saúde por
meio da contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos
no Pará. O objetivo é esclarecer crimes de organização criminosa e lavagem de
capitais apontados no decorrer das apurações.
“Os contratos investigados ultrapassam R$ 1,2
bilhão e envolvem quatro organizações sociais, cinco hospitais regionais e
quatro hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia do novo
coronavírus”, explicou a PF em nota.
Segundo as investigações, o governo estadual
fazia repasses de verba para Organizações Sociais contratadas, que
subcontratavam outras empresas para prestar serviços às unidades de saúde
geridas pelo grupo criminoso, prática conhecida como quarteirização.
Os serviços subcontratados eram superfaturados ou nem sequer eram
prestados, permitindo que a verba, que deveria ser destinada à aquisição de
bens ou serviços, retornasse aos integrantes da organização criminosa por meio
de complexo esquema de lavagem de dinheiro, segundo informações da Agência Brasil.
Na
operação desta manhã, além de mandados de busca e apreensão e prisão, foi
determinada a suspensão das atividades de duas empresas usadas para lavagem de
capitais, o sequestro de bens móveis e imóveis pertencentes ao principal
operador financeiro do esquema, avaliados em mais de R$ 150 milhões, bem como o
bloqueio de valores das contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas
investigadas que, somados, podem alcançar mais de R$ 800 milhões. Informações,
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