No dia em que o Taleban chegou à capital Cabul, capital do Afeganistão, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Anthony Blinken, admitiu neste domingo, 15, que o avanço do grupo fundamentalista aconteceu de forma "mais rápida que o esperado", mas rejeitou comparações com o final da Guerra do Vietnã. "Isso não é Saigon", afirmou durante entrevista à CNN, em referência ao antigo nome da capital vietnamita, palco de uma semelhante retirada às pressas de tropas americanas em 1975.
Blinken defendeu a decisão do presidente dos EUA, Joe Biden,
de encerrar a presença do país no Afeganistão. Segundo ele, quando iniciou a
campanha militar, há 20 anos, os objetivo de Washington era garantir justiça
pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. "E fomos bem-sucedido
nessa missão", disse, referindo-se à morte do antigo chefe da Al-Qaeda
Osama Bin Laden.
O secretário afirmou também que manter as tropas no país do
Oriente Médio por mais cinco anos seria contrário aos interesses nacionais
americanos. Para ele, o Afeganistão não se tornará um "viveiro" de
terroristas, sob o domínio do Taleban. "Temos tremendamente mais
capacidade do que antes do 11 de setembro no que diz respeito ao
contraterrorismo", assegurou.
Em uma outra entrevista neste domingo, ao programa Meet the Press, da NBC, Blinken relatou que os EUA "foram
claros" com o Taleban de que qualquer eventual ataque a americanos
encontrará uma "resposta decisiva".
Já à ABC, o chefe da diplomacia americana deixo em aberto
a possibilidade de a comunidade internacional reconhecer um governo liderado
pelo Taleban. "Eles têm que tomar essa decisão, mas é do seu próprio
interesse se eles realmente buscam aceitação, reconhecimento internacional; se
querem apoio, se querem o levantamento das sanções - tudo isso exigirá que
defendam os direitos básicos, os direitos fundamentais", pontuou. Leia mais no em /