Uma decisão do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) garantiu a continuidade do funcionamento de 58 cartórios no interior da Bahia que iriam ser fechados. As emendas que propõem a reestruturação destas unidades e a criação de Ofícios Únicos nestes municípios, sem a necessidade da extinção dos cartórios, foram apresentadas pelos desembargadores Baltazar Miranda, Júlio Travessa e Joanice Guimarães, que acataram pedido do presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Zé Coca (PP), e acolhidas pelos membros da Comissão de Reforma do TJ/BA, desembargadores Jatahy Fonseca, Pedro Guerra, Ivone Bessa e Sérgio Cafezeiro.
De acordo com o TJ-BA, caso a proposta inicial fosse acatada e os
cartórios fossem fechados, moradores dos municípios atingidos pela decisão
passariam a ter que se deslocar até 73 quilômetros para poder registrar um
imóvel, como no caso dos moradores de Paratinga, que passariam a ter que se
dirigir a Bom Jesus da Lapa para realizar serviços, antes disponíveis no
município.
A proposta apresentada ao CNJ previa ainda uma maior economia para os
cofres do fundo de custeio, a manutenção da prestação de serviços em todas as
cidades baianas, bem como promovia maior acesso a esses serviços públicos
essenciais, tendo em vista que implementava os serviços de Protesto de Títulos,
Registro de Imóveis, Títulos, Documentos e Pessoas Jurídicas em outros 132
municípios que hoje não contam com essas especialidades.
Antiga demanda do setor extrajudicial baiano, que visa a sustentabilidade e a manutenção da prestação de serviços à população em todas as cidades, a proposta começou a ser analisada em junho deste ano, quando a Comissão de Reforma do TJ/BA iniciou estudos e análises sobre a viabilidade da existência de cartórios em diversos municípios baianos. Informações, bahia.ba / Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ