Embaló
é general, foi primeiro-ministro de seu país e, desde a posse em 2020, é criticado
pela oposição em razão de uma guinada autoritária. O presidente da Guiné-Bissau
é chamado por Bolsonaro de "Bolsonaro da África".
Para
viabilizar a visita, o governo brasileiro enviou uma aeronave na Força Aérea
(FAB) para buscar Embaló. O presidente da Guiné-Bissau foi recebido por Bolsonaro
por volta das 11h.
O
líder africano subiu a rampa do palácio, posou para fotos com o presidente
brasileiro, e, juntos, seguiram para o parlatório onde observaram um desfile de
militares com execução do hino nacional, hasteamento da bandeira, salva de 21
tiros e desfile da cavalaria.
Segundo o Itamaraty, a visita de Estado é considerado o evento "mais solene e formal" na relação entre dois países, já que líderes também podem realizar visitas oficias, de trabalho ou privadas. Após a cerimônia, os presidentes seguiram para uma reunião.
Após a
reunião, Bolsonaro e Embaló fizeram uma declaração à imprensa. O presidente do
Brasil relatou que conversou com o líder africano, a quem chamou de
"irmão", sobre agricultura, saúde e defesa e frisou que o Brasil está
pronto para servir a Guiné-Bissau.
"A
gente torce e, mais do que isso, vamos colaborar para que ele tenha também, com
a participação do Brasil, soluções para o seu país", disse Bolsonaro.
O
presidente do Brasil também lembrou que a Guiné-Bissau é a porta de entrada
para África ocidental e importante no contexto de defesa do parte sul do oceano
Atlântico.
O
presidente da Guiné-Bissau chamou Bolsonaro de "amigo" e defendeu
ampliar e diversificar a cooperação entre os dois países em áreas como saúde,
agricultura e economia.
Embaló
reforçou que seu país pode ser a porta de entrada para negócios do Brasil na
África e convidou Bolsonaro para uma visita ainda em 2021. O presidente
brasileiro declarou que "assumiu o compromisso" de visitar a Guiné-Bissau.
Outros eventos
Após o encontro, o líder africano terá um almoço com Bolsonaro no Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores.
Segundo o Itamaraty, o Brasil abriu embaixada na Guiné-Bissau em 1974, ano em que foi reconhecida a independência da ex-colônia portuguesa.
A
cooperação entre os países se dá por meio de parcerias diretas ou por meio da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Brasil e Guiné-Bissau estão
entre os nove integrantes do grupo.
Além do encontro desta terça (24), Embaló deverá participar nesta quarta-feira (25), ao lado de Bolsonaro, de uma cerimônia militar do Exército em Brasília em alusão ao dia do soldado. Embaló ainda deve cumprir agendas em São Paulo e no Rio de Janeiro nos próximos dias. G1/ Foto: Alan Santos/PR