O presidente da República, Jair Bolsonaro, recebeu nesta terça-feira (24) o presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, no Palácio do Planalto.

Embaló é general, foi primeiro-ministro de seu país e, desde a posse em 2020, é criticado pela oposição em razão de uma guinada autoritária. O presidente da Guiné-Bissau é chamado por Bolsonaro de "Bolsonaro da África".

Para viabilizar a visita, o governo brasileiro enviou uma aeronave na Força Aérea (FAB) para buscar Embaló. O presidente da Guiné-Bissau foi recebido por Bolsonaro por volta das 11h.

O líder africano subiu a rampa do palácio, posou para fotos com o presidente brasileiro, e, juntos, seguiram para o parlatório onde observaram um desfile de militares com execução do hino nacional, hasteamento da bandeira, salva de 21 tiros e desfile da cavalaria.

Segundo o Itamaraty, a visita de Estado é considerado o evento "mais solene e formal" na relação entre dois países, já que líderes também podem realizar visitas oficias, de trabalho ou privadas. Após a cerimônia, os presidentes seguiram para uma reunião.


 Relação entre países

Após a reunião, Bolsonaro e Embaló fizeram uma declaração à imprensa. O presidente do Brasil relatou que conversou com o líder africano, a quem chamou de "irmão", sobre agricultura, saúde e defesa e frisou que o Brasil está pronto para servir a Guiné-Bissau.

"A gente torce e, mais do que isso, vamos colaborar para que ele tenha também, com a participação do Brasil, soluções para o seu país", disse Bolsonaro.

O presidente do Brasil também lembrou que a Guiné-Bissau é a porta de entrada para África ocidental e importante no contexto de defesa do parte sul do oceano Atlântico.

O presidente da Guiné-Bissau chamou Bolsonaro de "amigo" e defendeu ampliar e diversificar a cooperação entre os dois países em áreas como saúde, agricultura e economia.

Embaló reforçou que seu país pode ser a porta de entrada para negócios do Brasil na África e convidou Bolsonaro para uma visita ainda em 2021. O presidente brasileiro declarou que "assumiu o compromisso" de visitar a Guiné-Bissau.

Outros eventos

Após o encontro, o líder africano terá um almoço com Bolsonaro no Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores. 

Segundo o Itamaraty, o Brasil abriu embaixada na Guiné-Bissau em 1974, ano em que foi reconhecida a independência da ex-colônia portuguesa.

A cooperação entre os países se dá por meio de parcerias diretas ou por meio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Brasil e Guiné-Bissau estão entre os nove integrantes do grupo.

Além do encontro desta terça (24), Embaló deverá participar nesta quarta-feira (25), ao lado de Bolsonaro, de uma cerimônia militar do Exército em Brasília em alusão ao dia do soldado. Embaló ainda deve cumprir agendas em São Paulo e no Rio de Janeiro nos próximos dias. G1/ Foto: Alan Santos/PR

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