O procurador-geral da República, Augusto Aras, criticou a operação Lava Jato durante sabatina no Senado Federal, na manhã desta terça-feira (24). Aras foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para ser reconduzido ao cargo no biênio 2021-2023.

Em discurso inicial, o PGR disse que o sistema usado para eleições internas do órgão “possibilitava graves inconsistências e era totalmente inauditável” e afirmou que as forças-tarefas criam espaço para "pessoalização".

 

“O modelo das forças-tarefa, com pessoalização, culminou em uma série de irregularidades, tais como os episódios revelados na Vaza Jato, a frustrada gestão de vultosas quantias arrecadas em acordo de colaboração e acordos de leniência, por meio de fundos não previstos em lei”, afirmou para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal.

 

Ainda segundo o PGR, ele não permitiu que o Ministério Público substituísse os poderes Legislativo, Judiciário e Executivo. “Cumprir a Constituição é compreender a separação dos Poderes, é poder saber que o dever de fiscalizar condutas ilícitas não dá aos membros do Ministério Público nenhum poder inerente aos poderes constituídos, harmônicos e independentes entre si”, continuou. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

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