Agricultores e agricultoras familiares de municípios do semiárido baiano podem aderir ao programa Garantia-Safra, na safra 2021/2022. As adesões estão sendo feitas em duas etapas: primeira etapa na safra Verão, que ocorre até o dia 21 de setembro, e a segunda etapa, na safra Inverno, até o dia 20 de fevereiro de 2022.
Na
Bahia, poderão aderir ao programa um total de 345 mil agricultores familiares.
Os agricultores e agricultoras, que já possuíam inscrições nas safras 2019/2020
ou 2020/2021 e estão com a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP) ativa,
tiveram, automaticamente, as inscrições migradas para a safra 2021/2022. Para
conferir se a inscrição foi migrada, os interessados podem acessar este link.
Caso
a inscrição não tenha migrado, os agricultores e agricultoras devem verificar
com a Secretaria Municipal de Agricultura, o Serviço Municipal de Agricultura
(Semaf), o Sindicato dos Trabalhadores Rurais ou com a equipe técnica da
Superintendência Baiana de Assistência Técnica e Extensão Rural (Bahiater),
vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), que atua nos 27
Territórios de Identidade da Bahia, o motivo e os ajustes que serão necessários
fazer para regularizar o cadastro.
A
partir da constatação da perda da safra, por escassez ou excesso hídrico, são
autorizados os pagamentos de R$ 850 para cada agricultor. O benefício garante
as condições mínimas para o replantio da produção das famílias beneficiárias,
no semiárido baiano. O programa é coordenado na Bahia pela SDR, por meio da
Superintendência da Agricultura Familiar (Suaf), com o apoio operacional da
Bahiater.
“A
Bahia é destaque nacional na execução do programa. O estado é o único a
subsidiar em 50% as contribuições devidas aos municípios e aos agricultores
familiares, e possui maior número de adesões, maior número de beneficiários e
menor índice de inadimplência”, observa o superintendente da Suaf, Vinícius
Videira.
Para
Audaci Santos de Jesus, da comunidade Veludo, município de Lamarão, o programa
vem ajudando muito aos pequenos agricultores que, ao perderem a safra, devido
ao tempo, estão aptos a preparar o solo e assim comprar as sementes para o
próximo ano. “Sabemos que estamos vivendo um tempo muito difícil, devido à
pandemia, mas graças a Deus temos o seguro, que ajuda também na alimentação da
família, podendo plantar e colher, para alimentar a nossa família”, afirma.
Urias
Oliveira Santos, do Assentamento Cachá, município de Marcionílio Souza, declara
que o Garantia-Safra é de fundamental importância para todos os produtores que
recebem. “Nossa região vem sofrendo muito na questão produtiva. Desde a seca de
2012, as chuvas não ficaram mais regulares e fica difícil produzir e vender
nossas mercadorias como mandioca, milho e feijão. Essa ajuda vinda do Governo,
pelo programa social, ajuda a completar o dinheiro para se manter na aqui na
roça”.
Garantia-Safra
O
Garantia-Safra, por garantir uma renda mínima para essas famílias, viabiliza a
continuidade da produção e movimenta a economia dos municípios, com a aquisição
de insumos agrícolas destinados à recomposição de plantios, bem como de
alimentos, para a garantia da segurança alimentar das famílias. Podem receber o
benefício os agricultores com renda mensal de até um salário mínimo e meio, quando
tiverem perdas de produção, nas culturas do milho, feijão, arroz, algodão e
mandioca, em seus municípios, iguais ou superiores a 50%.
Em
períodos normais, está previsto o repasse de R$ 850, divididos em cinco
parcelas de R$ 170,00. Neste período de pandemia, o repasse está sendo
realizado em uma única parcela. O Garantia-Safra é uma ação do Programa
Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), coordenado
nacionalmente pelo Comitê Gestor do Garantia-Safra, do MAPA. Em caso de dúvidas
pode ser enviado e-mail para garantia.safra@sdr.ba.gov.br.
Informações e foto, Ascom/SDR