Alvo da Polícia Federal (PF) por suspeita de favorecer interesses de madeireiros, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, está na mira de outro inquérito que apura indícios de enriquecimento ilícito por um salto patrimonial de R$ 7,4 milhões.

O inquérito civil tramita na promotoria do Patrimônio Público e Social do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP.

A hipótese investigativa, conforme o inquérito, é a de que Salles teria cometido atos de improbidade administrativa visando enriquecimento pessoal entre 2012 e 2018. Entre março de 2013 e dezembro de 2014, atuou como secretário particular do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB). De julho de 2016 a agosto de 2017 Salles esteve à frente da secretaria de Meio Ambiente do governo tucano.

Entre 2012 e junho do ano passado, o escritório de advocacia que Salles mantém em sociedade com a mãe, em São Paulo, movimentou R$ 14,1 milhões em operações consideradas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf), órgão de prevenção à lavagem de dinheiro do governo federal.

Chamou a atenção dos investigadores do MP-SP o fato de R$ 2,8 milhões desse montante terem como destino conta bancária pessoal de Salles, conforme apontou o Coaf.

Salles e a mãe tiveram seus sigilos fiscal e bancário quebrados por autorização da Justiça da Fazenda Pública de São Paulo. Parte desses dados já foi enviada por instituições financeiras à promotoria. O próximo passo será comparar os valores movimentados com as declarações de imposto de renda Pessoa Física e Jurídica de Salles, apurou o o Valor com pessoas a par da investigação.

Salles tem negado o envolvimento em qualquer tipo de irregularidade. O advogado que representa, Fernando Fernandes, afirma que a evolução patrimonial e os honorários advocatícios recebidos pelo ministro foram declarados à Receita Federal e são regulares. Leia mais no Valor / Foto MMA

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