Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que quase 1,3 milhão de brasileiros deixaram de procurar emprego no primeiro ano da pandemia de Covid-19. Esse contingente passou a integrar o grupo de trabalhadores desalentados no país –profissionais que estão sem emprego e que desistiram de procurar novas vagas por acreditarem que não terão vez no mercado de trabalho.


Na visão de economistas, o quadro reflete as dificuldades impostas pela pandemia à busca por trabalho.


As estatísticas fazem parte da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) e consideram o período do trimestre encerrado em fevereiro de 2020 –antes, portanto, do coronavírus se espalhar pelo Brasil– e o mesmo período de 2021.


Com esse acréscimo, o total de desalentados chegou a 5,952 milhões no trimestre encerrado em fevereiro deste ano, o maior da série histórica do IBGE, com dados desde 2012. Representa mais do que o dobro da população de Salvador (BA), de 2,9 milhões de habitantes.


Mesmo sem trabalho formal ou informal, o grupo não é considerado desempregado. É que, para as estatísticas oficiais, uma pessoa está desocupada quando segue em busca de recolocação profissional com ou sem carteira assinada. Isso não é feito pelos desalentados.


No trimestre até fevereiro, a população desempregada chegou a 14,4 milhões no país, outro recorde da série histórica. Informações, folha / Foto reprodução/Internet

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