O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, defendeu o sistema de votação brasileiro com as urnas eletrônicas nesta quinta-feira (13) e garantiu que os equipamentos são transparentes e seguros. O ministro, que também é membro do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que as urnas ajudaram a superar as fraudes eleitorais que aconteciam desde a época da República Velha no país.
De acordo com o portal IG,
a declaração do ministro ocorreu devido ao aniversário de 25 anos da urna
eletrônica. Por causa da data, o TSE lançará nesta sexta-feira (14) uma
campanha com o passo a passo do processo eleitoral com o objetivo de mostrar
que ele é seguro, transparente e auditável, segundo afirmou Barroso.
“Nesses 25 anos nunca se
documentou uma fraude sequer. Pelo contrário, as urnas eletrônicas ajudaram a
superar os ciclos da vida brasileira que vem pelo menos desde a República
Velha, em que as fraudes se acumulavam desde as eleições a bico de pena, em que
se fraudava o resultado nos lançamentos dos mapas, até as urnas que apareciam
engravidadas por cédulas que não haviam sido ali depositadas pelos próprios
eleitores. A urna assegura um sistema eleitoral íntegro e a
alternância de poder”, disse Barroso, que citou ainda sobre a modalidade do
voto impresso, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Ele relembrou que o
sistema antigo já causou problemas em eleições passadas. No pleito de 2002,
inclusive, as urnas eletrônicas tinham, acopladas a elas, uma impressora que
imprimia o voto do eleitor.
“Tivemos uma grande
quantidade de problemas com a formação de filas e um prazo muito mais longo
para votação, um incremento na quantidade de votos brancos e nulos, inúmeras
impressões que emperravam durante a votação. Além dos riscos de quebra de
sigilo, sobretudo quando se tinha que retirar o papel que emperrara na
impressora”, completou.