O Pleno do Tribunal de Contas dos Municípios analisou, nesta terça-feira (02), 13 processos, sendo quatro prestações de contas de prefeituras relativas ao exercício de 2019. Entre eles, três municípios foram aprovados com ressalvas, Banzaê, Caturama e Teofilândia. Já a cidade de Santa Brígida teve as contas rejeitadas por extrapolar no limite legal para gastos com pessoal.


Segundo o TCM, o conselheiro substituto Alex Aleluia, relator do parecer, multou o prefeito de Santa Brígida, Carlos Clériston Gomes, em R$ 54 mil pela não redução dessas despesas e, em R$ 4 mil, pelas demais irregularidades apuradas durante a análise das contas.


De acordo com o julgamento, o município gastou R$20.485.465,89 no funcionalismo público. Este número corresponde a 56,32% da receita corrente líquida municipal, extrapolando, assim, o percentual de 54% previsto na LRF.


Em relação às obrigações constitucionais, o prefeito aplicou 25,18% da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino no município, superando o mínimo exigido de 25%, e investiu nas ações e serviços públicos de saúde 18,68% do produto da arrecadação dos impostos, sendo o mínimo previsto de 15%. Na remuneração dos profissionais do magistério foram investidos 60,07% dos recursos do Fundeb, também atendendo ao mínimo de 60%.


O município de Santa Brígida apresentou uma receita arrecadada de R$36.376.067,15 e realizou despesas orçamentárias no montante de R$36.232.475,71, o que resultou em superávit da ordem de R$143.591,44.


O relatório técnico também indicou, como irregularidades, a ausência de saldo suficiente para cobrir as despesas compromissadas a pagar no exercício financeiro em exame, contribuindo para o desequilíbrio fiscal da entidade; omissão na cobrança de multas impostas a agentes políticos do município; divergências no pagamento da remuneração devida aos secretários municipais; e deficiências na elaboração do relatório de controle interno.


Aprovação

Na mesma sessão, os conselheiros do TCM analisaram e aprovaram, com ressalvas, as contas das prefeituras de Banzaê, Caturama e Teofilândia, da responsabilidade de Jailma Dantas Alves, Paulo Humberto Mendonça e Tércio Nunes Oliveira, respectivamente. Todas são relativas ao exercício de 2019. Os gestores foram punidos com multas que variam de R$ 4 mil a R$ 5 mil por irregularidades que foram constatadas durante a análise dos relatórios apresentados.


A prefeita de Banzaê, Jailma Dantas Alves, também deverá restituir aos cofres municipais a quantia de R$2.470,82, com recursos pessoais, pelo pagamento indevido de juros e multas por atraso no cumprimento de obrigações previdenciárias.

Cabe recurso às decisões. / Foto reprodução/Internet

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