Setores da imprensa brasileira que fizeram campanha pelo golpe de 2016, contra a ex-presidente Dilma Rousseff, o que abriu espaço para a degradação institucional no Brasil, agora se vêem na obrigação de defender o impeachment de Jair Bolsonaro. É o caso de Merval Pereira, do Globo. "Se havia alguma dúvida de que o presidente Bolsonaro queria ter um sistema de inteligência que o servisse, e à sua família, em termos pessoais, agora não há mais. É devastadora a revelação de Guilherme Amado na revista Época de que a Agência Brasileira de Informação (Abin) fez pelo menos dois relatórios para orientar a defesa do senador Flavio Bolsonaro na tentativa de anular as investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro sobre o esquema de “rachadinha” montado por ele e outros deputados estaduais na Assembléia Legislativa do Rio", escreve ele, em sua coluna deste sábado.

"O caso da Abin é gravíssimo, e passível de impeachment do presidente por improbidade administrativa. É o presidente usando órgãos de investigação do Estado brasileiro para proteger seu filho. E para desmoralizar outros serviços públicos, como a Receita Federal e o Coaf. Não se pode aceitar isso. Estamos vivendo num país em que coisas anormais viram normais", escreve ainda o jornalista. "Quem quiser ligar os pontos, terá uma imagem perfeita do que acontece nesse governo que mistura o público com o privado como nenhum outro." brasil247 / Foto: Alan Santos/PR

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