O Brasil
superou nesta quinta-feira (03/09) a marca de 4 milhões de pessoas infectadas
pelo coronavírus Sars-Cov-2, segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de
Secretários de Saúde (Conass) e pelo Ministério da Saúde.
Segundo
o Conass, nas últimas 24 horas o país registrou 42.298 casos confirmados
de covid-19, o que elevou o total para 4.040.163. Também foram reportadas mais
871 mortes nesta quinta-feira, fazendo com que o Brasil acumule agora 124.651
vidas perdidas.
Já
os números do Ministério da Saúde, divulgados mais tarde do que o habitual
nesta quinta-feira, foram levemente diferentes. A pasta reportou 43.773
novos casos e 834 mortes. O total acumulado, de acordo com esses dados, agora é
de 4.041.638 infecções e 124.614 óbitos.
Ao
todo, 3.247.610 pessoas se recuperaram da doença, e 669.414 estão em
acompanhamento, segundo o ministério. O Conass não divulga número de
recuperados.
Diversas
autoridades e instituições de saúde alertam que os números reais de casos e
mortes devem ser ainda maiores, em razão da falta de testagem em larga escala e
da subnotificação.
O
ritmo de transmissão da covid-19, por sua vez, está em desaceleração. Segundo o
Imperial College de Londres, a taxa de contágio no país é atualmente de 0,94, a
mais baixa desde o final de abril. O índice, que mostra para quantas pessoas um
paciente contaminado transmite o vírus, era 1 na semana passada, e 0,98 na
semana anterior.
Mas
entidades de saúde alertam que ainda é cedo para declarar vitória e que medidas
de contenção contra o coronavírus não podem ser relaxadas no país.
São
Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela epidemia, com 837.978 casos e
30.905 mortes. O total de infectados no território paulista supera os
registrados em praticamente todos os países do mundo, exceto Estados Unidos
(6,1 milhões), Índia (3,8 milhões) e Rússia (1 milhão). Ou seja, se São Paulo
fosse um país, seria o quinto mais afetado do planeta.
A
Bahia é o segundo estado brasileiro com maior número de casos, somando 265.739,
seguida do Rio de Janeiro, com 230.271 infecções, e Minas Gerais, com 224.987.
O Ceará vem em quinto na lista, com 219.672 ocorrências positivas.
Já
em número de mortos, o Rio é o segundo estado com mais vítimas, somando 16.394
óbitos. Em seguida vêm Ceará (8.493), Pernambuco (7.656), Pará (6.215), Minas
Gerais (5.591) e Bahia (5.549).
A
taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes é atualmente de 59,3 no
Brasil – cifra bem acima da registrada em países vizinhos como a Argentina
(20,49) e o Uruguai (1,28). O número brasileiro também supera o dos Estados
Unidos, o país mais atingido do mundo, que tem taxa de mortalidade de 56,77.
Por
outro lado, nações europeias duramente atingidas, como o Reino Unido (62,57) e
a Bélgica (86,66), ainda aparecem à frente, embora suas taxas estejam
praticamente estabilizadas, enquanto a brasileira segue crescendo.
Em
números absolutos, o Brasil é o segundo país do mundo com mais infecções e mortes
por coronavírus, atrás apenas dos Estados Unidos, que somam 6,13 milhões de
casos. Ao todo, mais de 186 mil pessoas morreram pela covid-19 no país.
A
Índia, que chegou a impor uma das maiores quarentenas do mundo no início da
pandemia e depois flexibilizou as restrições, agora é a terceira nação com mais
infectados e mortos, somando 3,85 milhões de casos e 67,3 mil óbitos.
Nesta
quinta-feira, o país asiático bateu um novo recorde mundial de infecções
diárias, ao registrar 83.883 casos em apenas 24 horas.
Ao
todo, o mundo já registrou mais de 26,1 milhões de pessoas infectadas pelo
coronavírus, enquanto mais de 865 mil morreram em decorrência da doença. Com informações, DW / Foto: Paula Fróes/GOVBA