A Máquina de Vendas, controladora das varejistas Ricardo Eletro,
Insinuante, City Lar, Salfer e EletroShopping, entrou com pedido de recuperação
judicial na última sexta-feira (7), na 1ª Vara de Falências e Recuperações
Judiciais de São Paulo (SP).
A empresa, que
estava em recuperação extrajudicial desde 2019, também decidiu fechar todas as
suas lojas físicas e focar o comércio eletrônico.
Em comunicado à
imprensa, a varejista diz que a pandemia de Covid-19 interrompeu o seu processo
de retomada com a reestruturação da rede, após troca na administração no
segundo semestre de 2019.
“A Ricardo Eletro, assim como grande parte do setor varejista, vem
enfrentando os impactos da pandemia de forma avassaladora”, diz a nota, que
cita “um estrangulamento de caixa provocado pelas necessárias medidas de
distanciamento social”.
A companhia
também relata dificuldades no recebimento de produtos chineses para renovação
de estoque desde janeiro, com a paralisação de fornecedores.
“Nesse
contexto, a recuperação judicial mostra-se como o caminho mais viável para que
a empresa siga com suas operações e promova a reorganização administrativa e
financeira necessária para superar a situação momentânea de crise e ajustar-se
estruturalmente para a nova realidade com varejo, no pós-pandemia.”
A Máquina de
Vendas cita necessidade de adequar o tamanho da companhia e os custos fixos
considerando dificuldades a médio prazo.
Com o crescimento do ecommerce na pandemia, o número de visitantes
diários no site da Ricardo Eletro foi de 50 mil em março para 350 mil em
agosto. A empresa também expandiu seu marketplace e passou a ofertar produtos
médicos e alimentícios.
As 320 lojas
físicas da rede estavam temporariamente fechadas ao público devido à pandemia.
Destas, 313 já foram fechadas definitivamente e 7 encerram as atividades nos
próximos 10 dias.
A empresa
afirma ainda que todas as compras e entregas serão atendidas nos prazos.
A Ricardo
Eletro foi fundada por Ricardo Nunes no interior de Minas Gerais, em 1989. Ela
chegou a ter mais de 1.100 lojas pelo Brasil, com mais de 12 mil colaboradores
diretos, sendo a 5ª maior varejista do país em 2011, segundo o ranking
elaborado pelo Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado).
Com o crescimento do ecommerce na pandemia, o número de visitantes
diários no site da Ricardo Eletro foi de 50 mil em março para 350 mil em
agosto. A empresa também expandiu seu marketplace e passou a ofertar produtos
médicos e alimentícios.
As 320 lojas
físicas da rede estavam temporariamente fechadas ao público devido à pandemia.
Destas, 313 já foram fechadas definitivamente e 7 encerram as atividades nos
próximos 10 dias.
A empresa
afirma ainda que todas as compras e entregas serão atendidas nos prazos.
A Ricardo
Eletro foi fundada por Ricardo Nunes no interior de Minas Gerais, em 1989. Ela
chegou a ter mais de 1.100 lojas pelo Brasil, com mais de 12 mil colaboradores
diretos, sendo a 5ª maior varejista do país em 2011, segundo o ranking
elaborado pelo Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado).
Em 2019, ela foi para o 22º lugar no mesmo ranking, com receita
anual estimada em R$ 5,5 bilhões. Em agosto de 2020, o quadro de funcionários
caiu para 2 mil.
Hoje, a empresa
é controlada pela MV Participações, que teve Nunes como diretor até 9 de
outubro de 2019. Na mesma data, Pedro Henrique Torres Bianchi foi escolhido
diretor da MV Participações e, em janeiro, o executivo assumiu a presidência da
Máquina de Vendas.
Em julho, Nunes
foi preso na operação Direto com o Dono, que investiga suposta sonegação fiscal
de R$ 387 milhões de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
e lavagem de dinheiro em empresas controladas pelo empresário.
A investigação
da força-tarefa composta pela Promotoria de Minas Gerais, Polícia Civil e
Secretaria da Fazenda aponta que houve sonegação de impostos ao longo de cinco
anos, entre 2014 e 2019.
Em 2019, ela foi para o 22º lugar no mesmo ranking, com receita
anual estimada em R$ 5,5 bilhões. Em agosto de 2020, o quadro de funcionários
caiu para 2 mil.
Hoje, a empresa
é controlada pela MV Participações, que teve Nunes como diretor até 9 de
outubro de 2019. Na mesma data, Pedro Henrique Torres Bianchi foi escolhido
diretor da MV Participações e, em janeiro, o executivo assumiu a presidência da
Máquina de Vendas.
Em julho, Nunes
foi preso na operação Direto com o Dono, que investiga suposta sonegação fiscal
de R$ 387 milhões de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços)
e lavagem de dinheiro em empresas controladas pelo empresário.
A investigação
da força-tarefa composta pela Promotoria de Minas Gerais, Polícia Civil e
Secretaria da Fazenda aponta que houve sonegação de impostos ao longo de cinco
anos, entre 2014 e 2019.
Para o Ministério Público de Minas, o empresário seguiu à frente
da Máquina de Vendas até depois de sua saída como executivo da companhia, o que
a defesa de Nunes e a empresa negam.
Nunes ficou
detido por um dia, em Contagem, região metropolitana Belo Horizonte, sendo
liberado após prestar depoimento.
Pedro Magalhães,
diretor financeiro da Máquina de Vendas, também foi ouvido pelo Ministério. As
informações são da Folhapress / Jornal de Brasilia / Foto reprodução Internet