G1 - Globo - O Ministério
Público do Paraguai solicitou à Justiça que o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e o
irmão dele, Roberto Assis, sejam colocados em liberdade. O pedido de suspensão
condicional do processo ocorreu após a conclusão das investigações. Os dois
estão detidos no Paraguai preventivamente há mais de cinco meses por
entrarem no país com documentos paraguaios adulterados.
As informações
foram divulgadas, nesta sexta-feira (7), pelo Ministério Público paraguaio. Se
a Justiça atacar o pedido, após o prazo legal, o processo será arquivado.
Segundo o
documento, não haverá denúncia contra o ex-jogador e o irmão. Entretanto, os promotores
sugerem algumas exigências, como o pagamento de 200 mil dólares em multa, que
seriam 90 mil pagos por Ronaldinho e 110 mil por Assis.
Conforme o advogado
dos irmãos, Sérgio Queiroz, o pedido ocorreu porque a investigação não
encontrou nenhuma prova relacionada aos crimes que suspeitavam, como lavagem de
dinheiro e associação criminosa.
"Foram cinco meses! Quem vai pagar por isso? Perderam a liberdade
sem nunca ter tido um indício de prova contra eles. Nunca teve nada. Apenas
agora começaram a fazer justiça", disse o advogado de Ronaldinho Gaúcho
Sérgio Queiroz.
O Ministério
Público autoriza ainda o retorno dos dois ao Brasil. O pedido será analisado
pelo juiz Gustavo Amarilla, e a expectativa é de que a decisão ocorra na
próxima semana, mas não há data definida.
O advogado explicou ainda
que, desde o início da investigação, foi defendido que Ronaldinho usou o
documento sem saber da adulteração. Destacou ainda que não havia motivo dele
usar o passaporte alterado, pois também tinha um passaportes brasileiro e
espanhol. Foto: Marcos Corrêa/PR