A Bahia é o quarto estado com a população mais elevada do país, segundo
levantamento divulgado nesta quinta-feira (27), pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o órgão, o estado tem 14.930.634
habitantes.
Segundo informações
do IBGE, a pesquisa também mostra que seis em cada 10 municípios que mais
cresceram são cidades de médio porte, como Luís Eduardo Magalhães e Dias
D’ávila. Mais de 86% dos municípios que perderam população são cidades
consideradas pequenas.
"As pessoas
acabam migrando, saindo das suas cidades em determinado tempo da vida, porque
não encontram ali oportunidades de continuar estudos ou de trabalho. São
municípios que não têm economias dinâmicas, que dependem muito de serviços
públicos, então eles não conseguem reter a população", explica a
supervisora do IBGE Bahia, Mariana Viveiros.
Os dados do IBGE
também mostram que Salvador tem a 7ª menor taxa de crescimento entre as
capitais do Brasil. Ou seja, entre 2019 e 2020 nasceram menos pessoas e teve
mais gente deixando a cidade.
Apesar disso, de acordo com o órgão, a capital baiana ainda é a
4ª maior cidade do país com uma população de cerca de 2.886.698 habitantes.
"Salvador teve um crescimento na
expansão muito grande depois de 2010, mas aos poucos, ela está chegando na sua
saturação. Alguns dos municípios que mais crescem na Bahia estão na região
metropolitana de Salvador, porque é mais barato, porque você pode ter uma
qualidade de vida um pouco melhor", contou Mariana Viveiros.
A dimensão populacional também pode ser
vista em outros números. Em Salvador (2.886.698) e Feira de Santana (619.609),
as duas maiores cidades do estado, moram cerca de 3,5 milhões de pessoas. Isso
significa que a cada cinco baianos, um mora nesses dois municípios.
Vitória da Conquista, no sudoeste da
Bahia, é o terceiro com maior população (341.128), seguido por Camaçari
(304.302), Juazeiro (218.162), Itabuna (213.685), Lauro de Freitas (201.635),
Ilhéus (159.923), Teixeira de Freitas (162.438) e Barreiras (156.975), que
tomou o lugar de Jequié (156.126).
A explicação para essa troca de
posições no ranking está no potencial econômico de Barreiras, como a expansão
do agronegócio.
De acordo com a supervisora do IBGE na
Bahia, cidades com um número grande de população pode enfrentar problemas de
saneamento básico e violência.
"Você tem uma sobrecargas com os
serviços, você tem problemas com mobilidade urbana, você de alguma forma
favorece o aumento da violência urbana, piora um pouco as condições de moradia,
porque ela se torna mais cara. Concentrar a população é sempre ruim",
disse. Com informações, G1 / fOTO Anselmo Garrido /