Com 87% do Produto Interno Bruto (PIB) de Salvador decorrente do setor de serviços, um dos mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus, o próximo prefeito da capital baiana terá um primeiro ano de gestão difícil, avaliou o secretário municipal da Fazenda, Paulo Souto. Para o secretário, o maior desafio do próximo gestor municipal será reacender a economia da cidade, dependente dos setores culturais e do turismo.
“O próximo prefeito irá encontrar as contas melhor do que encontramos, mas será um ano difícil. A prefeitura não terá os problemas que encontramos quando chegamos, mas será um ano que dependerá da recuperação econômica”, destacou o secretário em entrevista ao Isso é Bahia, de A Tarde FM e Bahia Notícias, desta segunda-feira (20).
Em Salvador, a pandemia é responsável pela geração de um déficit fiscal de R$ 240 milhões somente até o mês de junho, entre despesas empenhadas com ações de combate à Covid-19, que somaram R$ 225 milhões, mais as perdas de receitas correntes provocadas pela redução da atividade econômica.
O setor de serviços é o mais prejudicado durante a pandemia e com certeza a prefeitura está olhando com muito carinho para a retomada.
A prefeitura de Salvador prepara uma lista de ações para recuperar a economia da capital. No total, serão 100 ações, lançadas com mais detalhes nos próximos dias, envolvendo diversas áreas, a exemplo da tributária, infraestrutura e mobilidade e geração de empregos por meio de investimentos privados.
Duas dessas medidas já foram anunciadas: a emissão de certidões negativas de débito junto ao município para as empresas que estavam adimplentes até 15 de março, mesmo que tenham mudado de condição após essa data, e a prorrogação do pagamento do IPTU de agosto para dezembro, beneficiando 29 mil pessoas jurídicas, segundo os cálculos da Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz). Com informações, Bahia Noticias / Foto - Valter Pontes/Coperphoto