Resultados preliminares de um estudo liderado pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, associam o uso da hidroxicloroquina a piora do quadro e morte por Covid-19 em 15, mil pacientes. A conclusão da pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (15). Os testes fazem parte do conjunto de ensaios clínicos "Recovery", que analisa vários remédios para a Covid-19.
Segundo o portal G1, a etapa com a hidroxicloroquina começou no dia 25 de março mas foi suspensa no início de junho, quando os cientistas anunciaram que não houve benefício no combate a infecção. O estudo aponta que a substância não reduziu a mortalidade, além de ter sido associada a períodos de internação mais longos e risco aumentado de morte ou necessidade de ventilação mecânica para o paciente.
O material ainda não passou por revisão de outros cientistas, chamada revisão por pares. "Embora preliminares, esses resultados indicam que a hidroxicloroquina não é um tratamento eficaz para pacientes hospitalizados com Covid-19", afirmam os cientistas de Oxford. A equipe também diz que as estatísticas constatadas no estudo "descartam qualquer possibilidade razoável de benefício significativo de mortalidade" pelo uso da hidroxicloroquina. Mas os pesquisadores ressaltam que o resultado se aplica a pacientes já hospitalizados, não a prevenção ou em casos leves da Covid-19.
A hidroxicloroquina é prescrita para tratar doenças autoimunes como lúpus e alguns tipos de malária. Os pesquisadores alertam que o maior risco ao usar a substância é de arritmia. Esse efeito pode ser agravado se o remédio for usado com o antibiótico azitromicina. A Organização Mundial de Saúde (OMS) também chegou a testar o medicamento mas suspendeu os ensaios há cerca de um mês, depois de uma suspensão temporária e de retomar as tentativas. George Frey/Getty Images