O município de Catu
foi orientado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) a reavaliar a decisão de
reabrir templos, igrejas e estabelecimentos comerciais e de prestação de
serviços não essenciais, autorizada por decretos municipais publicados nos
últimos dias 6 de junho e 30 de maio.
A
promotora de Justiça Anna Karina Senna recomendou que apenas atividades e
serviços considerados essenciais devem permanecer abertos. No entendimento
dela, a reabertura foi autorizada mesmo com um aumento de 180% do número de
casos confirmados de Covid-19 no município, saindo de 16 para 45 confirmações
da doença no período entre 14 e 29 de maio.
O MP-BA
ainda recomendou que o governo municipal apresente estudos científicos e
projeções de cenários baseados nos dados epidemiológicos locais, além de
demonstrar que o município tem estrutura de atenção à saúde para atender os
casos de Covid-19. Até o momento, o município não apresentou “parâmetros
técnicos suficientes que fundamentariam a abertura parcial do comércio”,
segundo a promotora.
O MP-BA
destaca que Catu possui apenas um centro de atendimento para pacientes com
Covid-19, com dez leitos de observação, três leitos de estabilização e 15 de
internação, e os municípios próximos não têm leitos de terapia intensiva para
dar suporte. Foto reprodução/Internet