O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou nesta segunda-feira (22) que a Advocacia-Geral da União apresente informações em 48 horas sobre a portaria que revoga o estímulo a ações afirmativas em cursos de pós-graduação. Publicada na quinta-feira (18), a medida foi o último ato da gestão do ex-ministro Abraham Weintraub no Miinistério da Educação.
A portaria foi alvo de questionamentos no Supremo pelos partidos PSB, Rede Sustentabilidade e PDT. O relator nas três ações – tecnicamente chamadas Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental -é o ministro Gilmar Mendes, que foi o responsável por notificar a AGU.

O PSB sustenta que as ações afirmativas visam assegurar o pleno desenvolvimento de pessoas pertencentes a grupos discriminados ou excluídos do ponto de vista socioeconômico ou étnico-racial. Segundo o partido, é imperativo ao Poder Público a ampliação do acesso dessas pessoas aos programas de pós-graduação.

Já a Rede Sustentabilidade cobra uma comprovação de ineficácia das medidas revogadas ou do cumprimento de seus objetivos. O que se verifica no caso, segundo a Rede, “não é apenas uma omissão deliberada, mas um ataque consciente contra os direitos e garantias das minorias, duramente assegurados”.

Em sua ADPF, o PDT sustenta que o ato de revogação “tenta, por vias transversas, atacar o princípio da autonomia universitária, que autoriza a manutenção e a implementação das políticas de ação afirmativa pelas universidades e institutos federais.” Com informações do G1 / fOTO Carlos Moura / STF

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