O
número de trabalhadores que ficaram sem remuneração durante a pandemia de
Covid-19 no mês de maio chegou a 9,7 milhões, o que equivale a 11,5% da
população ocupada no país. Os dados foram divulgados hoje (24) pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que publicou a Pesquisa Nacional
por Amostra de Domicílios (PNAD) – Covid-19.
Nas
Regiões Norte e Nordeste, o percentual de trabalhadores sem remuneração foi
maior que a média nacional, chegando a 15% e 16,8%, respectivamente. No Sul,
5,9% dos trabalhadores ficaram nessa situação, enquanto, no Centro-Oeste, o
percentual atingiu 8,2%, e, no Sudeste, 11%.
Em
números absolutos, o Sudeste somou 4,19 milhões de trabalhadores sem
remuneração, enquanto, no Nordeste, foram 3,16 milhões. Menos populosas, as
regiões Norte (953 mil), Sul (828 mil) e Centro-Oeste (591 mil) tiveram números
menores.
O
grupo sem remuneração corresponde a 51,3% dos trabalhadores afastados de suas
atividades no mês de maio, contingente que soma 19 milhões de pessoas, ou 22,5%
da população ocupada. Os setores com mais afastamentos são: outros serviços
(37,8%), serviço doméstico (28,9%) e alojamento e alimentação (28,5%). As
atividades de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
foram as menos afetadas, com 6,8% de afastados.
O
trabalho remoto foi adotado por 8,7 milhões de trabalhadores, o que equivale a
apenas 13,3% da população que continuou trabalhando em maio. O home office foi
mais comum entre os trabalhadores de nível superior (38,3%), enquanto as demais
faixas de escolaridade ficaram bem abaixo: 0,6% no nível fundamental
incompleto, 1,7% no fundamental completo, e 7,9% no médio completo. O trabalho
remoto também foi mais comum entre as mulheres (17,9%) que entre os homens
(10,3%).
Renda
Outro
efeito da pandemia foi a redução de horas trabalhadas, que atingiu 18,3 milhões
de trabalhadores. Por outro lado, 2,4 milhões de pessoas trabalharam mais horas
que o habitual no mês de maio.
Os
impactos se refletiram na renda dos trabalhadores. O rendimento médio de todos
os trabalhos caiu 18,2% em maio, de R$ 2.320 para R$ 1.899. Tal perda de renda
chega a quase 20% nas Regiões Nordeste e Sudeste, e é menos intensa no
Centro-Oeste, onde a diferença foi de 14,4%. Com informações, agência brasil /