"As últimas declarações de Sergio Moro e
de seus advogados mostram que o ex-ministro não gostaria de ser julgado por
alguém com características que nortearam sua atuação como magistrado. Ou seja,
o investigado Moro não gostaria de ser julgado pelo Moro juiz", apontam,
em artigo publicado na Folha de S. Paulo, os advogados Cristiano
Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, que tiveram o próprio escritório
espionado por Moro.
Eles lembram que Moro, como juiz, agiu como
déspota. "Tratou acusados como inimigos; negou a essência do direito de
defesa; devassou; humilhou; atacou e estimulou ataques a advogados. Grampeou
nossos ramais telefônicos. Sincronizou processos com o calendário
político", afirmam. "As mesmas razões apresentadas no presente por
Moro no exercício do seu próprio direito de defesa reforçam a necessidade de o
sistema de Justiça corrigir os erros do passado, causados pelo próprio Moro. O
julgamento da suspeição do ex-juiz é um passo fundamental nessa direção. E
compete ao mesmo Supremo para o qual Moro dirige atualmente suas manifestações." Continue lendo no Brasil 247 / Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4
Foto: Paulo Pinto/Agência PT