Em 13 de maio de 1888, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, que marcou o fim da escravidão no Brasil.

A data, entretanto, não é celebrada pelo movimento negro. Um dos motivos alegados é que, apesar da lei, a situação dos que se tornaram ex-escravos quase nada mudou à época.

O tráfico de negros ao Brasil começou no século 16. Estima-se que mais de 12 milhões de africanos cruzaram o Atlântico e desembarcaram em terras americanas durante o período de 1501 a 1866.

Os escravos eram trazidos nos porões dos chamados navios negreiros. As condições eram sub-humanas, com alimentação e higiene quase nulas. Milhares de pessoas morreram durante as viagens. Os negros chegavam subnutridos e, ainda assim, eram forçados a trabalhar.

O processo de abolição da escravatura foi gradual. Pressionado pela Inglaterra, que queria expandir seu mercado consumidor, o debate sobre o fim do trabalho escravo ganhou força na primeira metade do século 18. Em 1850, a lei imperial de 4 de setembro, sob o ministro Eusébio de Queirós, proibia o tráfico de escravos.

Mas a escravidão prosseguia dentro do território, e os abolicionistas continuavam em sua luta, até que, no dia 28 de setembro de 1871, foi decretada a Lei do Ventre Livre, que dava liberdade a todos os negros nascidos a partir daquela data.

Pressionados pelo fim total da escravidão, agricultores de vários estados -inclusive o imperador dom Pedro 2º- dão liberdade aos seus escravos. Os próprios escravos abandonam o trabalho, e o Exército se manifesta a seu favor.

Finalmente, no dia 13 de maio de 1888, a princesa Isabel (que estava substituindo seu pai, d. Pedro 2º, no governo) decretou a Lei Áurea, que deu liberdade a todos os escravos existentes no território nacional.

O Brasil foi o último país independente do continente americano a abolir completamente a escravatura. As informações são da FolhaPress
Luiz Gonzaga Pinto da Gama (1830-1882) nasceu em Salvador, filho de Luiza Mahin, africana livre, e de um fidalgo de origem portuguesa. Vendido como escravo pelo próprio pai aos 10 anos de idade, Luiz Gama obteve sua liberdade em 1848. Autodidata, atuou como advogado, jornalista e poeta. Por meio de seus escritos e de seus discursos, condenava severamente a escravidão e atuou diretamente na libertação de centenas de escravos. Em reconhecimento à sua relevante atuação, a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB concedeu a Luiz Gama o título de advogado em 2015.


Na imagem, reprodução de fotografia de Luiz Gama, s.d. Fundo Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_23005_001


Foto da Princesa isabel por Circulo Monarquicorio


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