O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) justificou, nesta
segunda-feira (11), os gastos com o cartão corporativo. Bolsonaro afirmou a
apoiadores que usou o recurso para financiar o envio de três aeronaves da Força
Aérea Brasileira (FAB) para resgatar brasileiros na China, quando o país era o
epicentro da pandemia do novo coronavírus.
“A imprensa
criticou o uso do cartão corporativo. Parte [da viagem] de três aviões que
foram para a China foi financiada com o cartão corporativo”, afirmou Bolsonaro.
“Até parece que eu estou tomando, tô usando o cartão para fazer festa.”
No Twitter, Bolsonaro completou: “Grande parte da
mídia é desmascarada sobre o uso do cartão corporativo. Lixo! Mentem 24 horas
ao dia!”
- Hidroxicloroquina e, mais uma vez, grande parte da mídia é desmascarada sobre o uso do cartão corporativo. Lixo! Mentem 24 horas ao dia! pic.twitter.com/wbgJml132v— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 11, 2020
Os gastos com cartão corporativo da Presidência da República
dobraram entre janeiro e abril deste ano, se comparados com a média dos últimos
cinco anos. Isto é, Bolsonaro gastou, neste período, mais do que os
ex-presidentes Dilma Rousseff e Michel Temer. O uso destes recursos era
criticado tanto por Bolsonaro quanto por seus apoiadores antes de o então
deputado se tornar presidente.
A fatura no
período foi de R$ 3,76 milhões. O valor gasto é lançado todo mês no Portal da
Transparência do governo, mas não é detalhado, o que impede saber o peso que a
operação para resgate dos brasileiros na China teve na fatura total.
Hidroxicloroquina
O presidente
respondeu ainda a um apoiador que o questionou sobre a “demora do ministro da
Saúde, Nelson Teich, em endossar o uso da hidrocloroquina” no tratamento da
covid-19. O medicamento ainda não tem eficácia comprovada contra a doença.
“Não é verdade essa
informação (sobre demora), porque está no protocolo. Tem Estado que não está
aceitando. Está dificultando, outros não”. O presidente destacou ainda que o
medicamento pode ser encontrada em farmácia do DF. “Tem a cloroquina aqui nas
farmácias em Brasília, aqui tem. Em alguns Estados não tem. Vamos tentar correr
atrás o por que não tem”, disse. Com informações, Jornal de Brasília / Foto: Marcos Corrêa/PR