Em declaração a jornalistas na noite desta terça-feira (12), Jair Bolsonaro afirmou que cumprirá a determinação do ministro do STF Ricardo Lewandowski em relação à entrega de seus exames para verificar a contaminação pelo novo coronavírus.

Lewandowski foi sorteado relator da ação que pede que Bolsonaro revele o resultado de seus exames. Bolsonaro afirmou que entregará os documentos solicitados, se assim for ordenado. "Isso aí está na mão do ministro Ricardo Lewandowski, o que ele decidir será cumprido".

Reunião ministerial
Sobre a exibição do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril nesta terça na sede da Polícia Federal, reunião esta que foi citada por Moro em depoimento como prova da tentativa de interferência de Bolsonaro na PF, Jair Bolsonaro voltou a negar que a gravação tenha qualquer evidência que o incrimine.

"A reunião de ministros não é algo previsto em lei que você tem que filmar e guardar por tanto tempo ou divulgar logo depois. Ali, muitas vezes, são discussões que são mais acaloradas. Esse vídeo, que está à disposição da Justiça, eu espero que as questões sensíveis, de segurança nacional, não se tornem públicas. Isso prejudica muito a economia do Brasil. O informante de vocês, ou vazador, troquem, ele não vazou nada. Como é um vídeo, que nós classificamos como secreto, da minha parte, a parte no tocante ao inquérito está liberada, até o palavrão que eu falei lá, sem problema nenhum. Da minha parte está liberado. Espero que as questões sensíveis, de segurança nacional, soberania nacional, não vazem, isso é péssimo para o Brasil", disse.
Jair Bolsonaro e Ricardo Lewandowski (Foto: ABR | STF)
Bolsonaro negou que tenha dito a Moro na reunião que o objetivo da troca no comando da PF do Rio era proteger sua família. "A Polícia Federal não está investigando a mim e nem a meus filhos, nem esteve investigando, não tem preocupação. Não existe no vídeo eu falando 'superintendência da Polícia Federal', o que eu estava falando lá é minha preocupação com a minha segurança, não tem nada demais no vídeo. Não tem nada contraditório, é só assistir ao vídeo".

Isolamento social
Jair Bolsonaro falou novamente contra o isolamento social, reafirmando a tese de que os números crescentes de desemprego serão mais prejudiciais do que o número de mortes, que já passa de 11 mil. "Apelo aos governadores: reconheço a questão da vida, é importante, a gente lamenta cada vida que se vai, mas o desemprego mata. Teve um governador aí, de São Paulo [João Doria], que falou que, o que ele falou mesmo? Que é melhor o confinamento, diz esse governador, do que o sepultamento. Não é dessa maneira, nem tanto ao mar e nem tanto à rocha, é o meio termo, tratar das duas questões. Tem muita gente que já contraiu o vírus e nem sabe e pode voltar ao mercado de trabalho, o jovem pode voltar com alguma responsabilidade. Não pode é fechar. Estou vendo ameaça de lockdown, isso é um absurdo, é inadmissível". Com informações, brasil 247 / Foto: Marcos Corrêa/PR

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