O Superior Tribunal
de Justiça (STJ) decidiu, na tarde desta quarta-feira (13), que o processo que apura irregularidades [ ver aqui ] na
construção da Cidade Administrativa será julgado e pela Justiça Estadual. A
defesa informou que vai recorrer da decisão.
O ex-governador de
Minas e atual deputado federal Aécio Neves (PSDB) é acusado, junto com outras
onze pessoas, de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro, cartel e
fraude a licitação.
Segundo o relatório
da PF, o processo de licitação foi dirigido
para que um grupo de empreiteiras vencesse a licitação. Há, ainda, indícios de
desvio de recursos públicos através de contratações fictícias, cujas prestações
de serviços não foram executadas na obra.
A investigação
apontou que o prejuízo aos cofres públicos totalizaram quase R$ 747 milhões. Os
onze indiciados ao lado de Aécio Neves são representantes das empreiteiras
envolvidas
Inicialmente, a
construção da Cidade Administrativa foi orçada em R$ 900 milhões. O Tribunal de
Contas do Estado afirma que o custo da obra passou de R$ 1,8 bilhão.
O que diz a defesa de Aécio Neves
Em
nota, a defesa de Aécio Neves afirmou que o inquérito não apresentou nenhuma
prova de ilegalidade e que as obras da Cidade Administrativa teriam seguido “as
melhores práticas da administração pública”. A obra ainda teria passado pelo
crivo do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado.
Segundo a nota, uma
empresa independente de auditoria teria sido contratada para acompanhar todas
as etapas da construção da sede do governo do estado e os pagamentos só foram
realizados após comprovação dos serviços executados.
A defesa ainda disse
que a Codemig, empresa pública responsável pela condução do processo, não
autorizou aditivos financeiros permitidos por lei e que teria recusado as
solicitações de reajustes feitos pelas empreiteiras. Com informações, G1 / Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado