O presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, defendeu hoje a importância do
isolamento social para que a curva do crescimento das infecções pelo novo
coronavírus seja achatada, dizendo ser necessário seguir as recomendações
técnicas do Ministério da Saúde sobre o tema.
Em sua avaliação,
no entanto, o país "não pode parar", ressaltando a necessidade de que
as atividades consideradas essenciais, como abastecimento, farmácias e
supermercados, continuem funcionando.
Ele citou especificamente
a reclamação feita por caminhoneiros, responsáveis pelo abastecimento no país,
sobre restaurantes fechados nas estradas.
"Temos que ter como premissa maior — e
tenho dito isso nas videoconferências que tenho feito, com empresários,
trabalhadores, especialistas na área de saúde, de economia — que o país não
pode parar. Isso não quer dizer ser contra o isolamento, mas você tem que ter
abastecimento, produção agrícola, medicamento chegando na farmácia, farmácia
aberta, mercado aberto. Para isso você tem que ter transporte de pessoas",
afirmou o ministro em seminário online do site Jota.
"Para além do
sistema de saúde e até para o sistema de saúde funcionar precisamos ter o
sistema do funcionamento essencial da sociedade", acrescentou ele, pedindo
que haja bom senso.
Toffoli admitiu que
a questão da economia é "fundamental" e defendeu a necessidade de se
pensar em soluções, mas disse que nesse momento é essencial seguir as
orientações técnicas de isolamento para que não haja uma sobrecarga no sistema
de saúde.
"Temos que
pensar nessa saída diagonal, estabelecer protocolos do que pode funcionar, de
quem pode voltar a trabalhar, de quem pode voltar a escola", destacou.
O presidente do STF
pregou ainda que o momento é de união e minimizou eventuais conflitos entre as
autoridades, classificando-os como a ponta do iceberg. "Existe
coordenação, existe diálogo. Grande parte do iceberg que não aparece está
funcionando", assegurou. Com informações Uol / Foto Carolina Antune/PR