O novo ministro da Saúde do governo Jair Bolsonaro, Nelson Teich, assumiu o cargo na tarde desta quinta-feira (16), mas declarações dadas por ele anteriormente já repercutem nas redes sociais. É o caso de um vídeo em que ele questiona se é prioritário, para um gestor da área saúde, investir em salvar um adolescente, “que tem a vida inteira pela frente”, ou um idoso “com doença crônica avançada”.
"Como você tem o dinheiro limitado, você vai ter que fazer escolhas, definir onde vai investir. Então eu tenho uma pessoa que é mais idosa, tem uma doença crônica avançada e teve uma complicação. Para ela melhorar, eu vou gastar praticamente o mesmo dinheiro que eu vou gastar para investir em um adolescente que está com um problema. Só que essa pessoa é um adolescente que vai ter a vida inteira pela frente e o outro é uma pessoa idosa, que pode estar no final da vida. Qual vai ser a escolha?", pergunta Teich.
Ele propôs o dilema em um vídeo do Instituto Oncoguia, de abril do ano passado — na época, a entidade promovia um congresso nacional de oncologia em Brasília (DF), do qual Teich participou, falando sobre “aspectos técnicos e orçamentários que compõem o sistema de saúde atual, seus respectivos desafios e a direta relação com o paciente oncológico”. O questionamento, segundo Teich, expõe uma situação a se enfrentar envolvendo duas realidades atuais da saúde: “O dinheiro é limitado e escolhas são inevitáveis”, afirma.
"Alinhamento completo" - Em pronunciamento ao lado do presidente ao assumir, nesta quarta-feira (16) o posto de Luiz Henrique Mandetta (DEM), à frente do Ministério da Saúde, Teich afirmou ter “alinhamento completo” com Bolsonaro e que “não vai haver qualquer definição brusca ou radical do que vai acontecer” quanto à política de isolamento por causa do novo coronavírus. Foto: Carolina Antunes/PR