O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, declarou nesta terça-feira (7) estado de emergência para combater as novas infecções por coronavírus em grandes centros populacionais e apresentou um pacote de estímulo que ele descreveu como entre os maiores do mundo para aliviar o impacto econômico.

O estado de emergência, que dá às autoridades mais poder para pressionar as pessoas a ficarem em casa e as empresas a fechar, vai durar até 6 de maio e será adotada na capital, Tóquio, e em outros seis distritos, respondendo por cerca de 44% da população do Japão.

"O mais importante agora é que cada cidadão mude nossas ações", disse Abe em declarações televisionadas em reunião de uma força-tarefa do governo.

"Se cada um de nós puder reduzir o contato com outras pessoas em ao menos 70%, e idealmente 80%, deveremos ser capazes de ver o pico no número de infecções em duas semanas", disse ele.

O governo também aprovou o pacote de estímulo no valor de 108 trilhões de ienes (990 bilhões de dólares) -- equivalente a 20% da produção econômica do Japão -- para aliviar o impacto da epidemia sobre a terceira maior economia do mundo.

Os gastos fiscais diretos correspondem a 39,5 trilhões de ienes, ou cerca de 7% da economia, mais do que o dobro do valor que o Japão gastou após o colapso em 2008 do Lehman Brothers.

O Japão foi poupado dos grandes surtos de coronavírus vistos em outros locais, mas uma alta recente e constante nas infecções em Tóquio, Osaka e outras áreas levaram a pedidos para que Abe anunciasse o estado de emergência.

O Japão foi poupado dos grandes surtos de coronavírus vistos em outros locais, mas uma alta recente e constante nas infecções em Tóquio, Osaka e outras áreas levaram a pedidos para que Abe anunciasse o estado de emergência. Com informações, G1 / Foto CSIS | Center for Strategic & International Studies


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