O estado do Amazonas alertou nesta
quinta-feira (9) que seu sistema de saúde foi afetado pelo coronavírus e que
não há mais disponibilidade de leitos de terapia intensiva e respiradores
mecânicos.
À medida que o vírus se espalha pelo
país a partir de seu
epicentro em São Paulo, o Brasil está destacando as enormes
discrepâncias nos serviços de saúde.
Manaus, uma cidade de 2 milhões de
habitantes no coração da floresta amazônica e capital do Amazonas, foi
particularmente atingida, com 800 casos confirmados. O estado como um todo teve
40 mortes em cerca de 900 casos confirmados.
Manaus é a única cidade do estado com
unidades de terapia intensiva (UTI).
Rosemary Pinto, chefe do sistema
estadual de saúde, pediu que as pessoas seguissem ordens de distanciamento
social destinadas a encerrar todas as atividades, exceto as
essenciais.
"Ainda há muita gente nas
ruas", disse ela em entrevista coletiva, informa a agência de notícias Reuters.
A crise levou o governador do estado
a substituir seu secretário de saúde na quarta-feira.
Especialistas em saúde e antropólogos
também alertaram para o perigo
da pandemia dizimar os 850 mil indígenas do Brasil devido ao
sistema imunológico mais fraco e o modelo de vida comunitário destes grupos. sputniknews / Pessoas aglomeradas em feira de Manaus: segundo as autoridades locais, a população não está respeitando o isolamento (Bruno Kelly/Reuters)