O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
concede entrevista na manhã desta quarta-feira (8) ao portal Diário do Centro
do Mundo (DCM) e comenta o conflito entre Estados Unidos e Irã e o
posicionamento do governo brasileiro, de Jair Bolsonaro, em defesa do atentado
cometido por Donald Trump, que matou o general iraniano Qassem Soleimani.
Lula resgatou o papel do Brasil como articulador da paz no mundo, lembrou a intermediação feita por seu governo para o acordo nuclear com o Irã e afirmou que o Brasil historicamente sempre foi um país que buscou a paz. "Não tem que se meter em confusão com briga externa", ressaltou.
“O Brasil sempre manteve uma política diplomática coerente e corajosa, um construtor de harmonia”, diz ele, referindo-se às últimas ações inconsequentes do Itamaraty, que em nota, defendeu os EUA com "apoio à luta contra o flagelo do terrorismo". O Irã cobrou explicações do Brasil sobre esse posicionamento.
Sobre as motivações de Trump, ele avalia que a potência estadunidense historicamente sempre precisou “arrumar um inimigo” e considera que o ataque ao Irã “está cheirando a campanha eleitoral".
“Trump sabe que não está fácil uma reeleição com a quantidade de coisas que ele faz e fala, por isso o discurso ‘América para os americanos’, essa coisa bem bairrista, funciona”, disse. "Ele pode perder as eleições, e sempre uma guerra ajuda muito", completou.
Lula mandou um recado direto para o ocupante do Planalto: "Bolsonaro, o Brasil não precisa disso. Não precisa ser lambe-botas de ninguém. Precisa ser respeitado pela Bolívia e pelos Estados Unidos, pela China e pelo Uruguai, pelo Paraguai e pela Rússia. É assim que se constrói um país capaz de ser um agregador". Foto: Edilson Junior
Lula resgatou o papel do Brasil como articulador da paz no mundo, lembrou a intermediação feita por seu governo para o acordo nuclear com o Irã e afirmou que o Brasil historicamente sempre foi um país que buscou a paz. "Não tem que se meter em confusão com briga externa", ressaltou.
“O Brasil sempre manteve uma política diplomática coerente e corajosa, um construtor de harmonia”, diz ele, referindo-se às últimas ações inconsequentes do Itamaraty, que em nota, defendeu os EUA com "apoio à luta contra o flagelo do terrorismo". O Irã cobrou explicações do Brasil sobre esse posicionamento.
Sobre as motivações de Trump, ele avalia que a potência estadunidense historicamente sempre precisou “arrumar um inimigo” e considera que o ataque ao Irã “está cheirando a campanha eleitoral".
“Trump sabe que não está fácil uma reeleição com a quantidade de coisas que ele faz e fala, por isso o discurso ‘América para os americanos’, essa coisa bem bairrista, funciona”, disse. "Ele pode perder as eleições, e sempre uma guerra ajuda muito", completou.
Lula mandou um recado direto para o ocupante do Planalto: "Bolsonaro, o Brasil não precisa disso. Não precisa ser lambe-botas de ninguém. Precisa ser respeitado pela Bolívia e pelos Estados Unidos, pela China e pelo Uruguai, pelo Paraguai e pela Rússia. É assim que se constrói um país capaz de ser um agregador".