Na região da Tríplice Fronteira, que reúne Brasil, Paraguai e
Argentina, há suspeita de que células do grupo terrorista Hezbolá e de grupos
radicais xiitas tenham se instalado desde os anos 80. Por este motivo, Israel
participa há anos do monitoramento desta área, informou o R7.
Segundo o R7,
após o assassinato do general iraniano Qasem Suleimani, em Bagdá, no último dia
2, os holofotes voltaram a se direcionar para uma possível retaliação dos
radicais islâmicos, incluindo os que possivelmente atuam nesta região da
América do Sul.
Cooperação Brasil-Israel
Em sua primeira visita ao Brasil, em dezembro de 2018, o primeiro-ministro de
Israel, Benjamin Netanyahu, havia afirmado que as autoridades israelenses
tinham como objetivo fortalecer a parceria com o Brasil para, entre outros
itens, contribuir com o monitoramento desta fronteira.
“Temos delegações realizando conversas em várias áreas e a
proteção das fronteiras é uma delas. Temos como ajudar o Brasil a controlar a
movimentação de suas fronteiras, com tecnologias como o desenvolvimento de
drones e de Inteligência”, disse o primeiro-ministro na ocasião.
Atualmente, as
ações do Hezbolá são monitoradas pelo serviço de segurança no Brasil, inclusive
apoiado pelos americanos e israelenses.
Crime organizado e o
Islã
De acordo com o R7, o temor de autoridades é de que terroristas muçulmanos
tenham se aproveitado para negociar com o crime organizado na América do Sul,
que se fortaleceu a partir da última década de 80.
Ao longo deste
período, foram feitas prisões e extradições de suspeitos na região da Tríplice
Fronteira, em operações que tiveram a contribuição da Inteligência de vários
países, como Brasil, Argentina, Israel, Chile, Estados Unidos e Romênia.