Para
conseguir pagar a 13ª parcela aos beneficiários do Bolsa Família, Bolsonaro fez
uma pedalada. Usou parte da verba que estava prevista para aposentadorias e
pensões.
O
governo remanejou o Orçamento no final do ano passado e retirou recursos de
outras áreas para pagar a 13ª parcela. É mais um episódio dos problemas
enfrentados sob comando de Jair Bolsonaro, pelo programa social que o governo
na verdade pretende destruir.
Sem
o aumento dos repasses ao Bolsa Família, cerca de 1 milhão de famílias poderiam
ficar fora da cobertura em dezembro, que incluiu também a 13ª parcela, aponta
reportagem do jornalista Thiago Resende da Folha de
S.Paulo.
A
reportagem informa que a cobertura do Bolsa Família está em queda no governo
Bolsonaro. Em dezembro, foi a menor do ano passado: 13,1 milhões de famílias
atendidas.
O
Bolsa Família atende pessoas que vivem em situação de extrema pobreza, com
renda per capita de até R$ 89 mensais, e pobreza, com renda entre R$ 89,01 e R$
178 por mês. O benefício médio é de R$ 191,08.
Para
2020, a verba é ainda menor (R$ 29,5 bilhões)ainda não está previsto.
Está
em discussão no Congresso Nacional uma extensão de benefícios aos mais pobres.
Relator da medida provisória que criou o 13º do Bolsa Família para 2019, o
senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) quer tornar o benefício permanente.
Rodrigues
também defende a criação de uma 13ª parcela para quem recebe o BPC (Benefício de
Prestação Continuada), pago a idosos carentes e pessoas com deficiência. O
valor do BPC é um salário mínimo (R$ 1.039).
O
Congresso tem até o fim de março para aprovar a MP sobre o 13º do Bolsa
Família.